DeFi

Maioria dos protocolos DeFi acaba após hacks, revela análise

Os ataques hackers a protocolos de finanças descentralizadas (DeFi) se tornaram frequentes no mercado de ativos digitais. E uma pesquisa recente mostrou que a maioria dos projetos que sofrem hacks não consegue se reerguer.

Na análise, o The Defiant investigou os cinco principais hacks dos últimos anos em termos de dólares roubados. De acordo com os resultados, o valor total bloqueado (TVL, na sigla em inglês) de cada protocolo caiu em pelo menos 96% desde o hack.

TVL é um indicador que mede a quantidade de valor financeiro que está bloqueado em um determinado protocolo DeFi. Essa métrica é importante, pois ajuda a medir o sucesso e a popularidade de um determinado protocolo.

Um TVL alto indica que muitos usuários confiam no protocolo e estão dispostos a investir nele, o que pode aumentar a liquidez e a adoção do protocolo. Por outro lado, TVLs baixos indicam baixa confiabilidade.

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Para focar nos hacks DeFi na pesquisa, os analistas excluíram as pontes, que permitem transferências entre blockchains e exchanges centralizadas e também os exploits e bugs que não resultaram na perda de fundos do usuário.

Hacks em DeFi

The Defiant analisou, em particular, o protocolo Euler Finance, que sofreu  um hack de US$ 200 milhões no mês passado. Embora o protocolo tenha conseguido recuperar quase todos os fundos perdidos, está enfrentando dificuldades para se reerguer.

O preço do token nativo do protocolo, o EUL, caiu cerca de 28% desde o anúncio de uma recuperação bem-sucedida dos ativos no dia 3 de abril. De acordo com os analistas, isso sugere que os investidores ainda não estão entusiasmados com as chances do projeto. Além disso, houve uma rotatividade de pessoal no projeto, com o seu chefe de risco deixando o cargo em 19 de abril. Contudo, Michael Bentley, CEO da Euler Labs, a empresa por trás do protocolo, disse que a saída não teve a ver com o hack.

Os hacks que o The Defiant analisou foram contra os protocolos Beanstalk, CREAM Finance, BonqDAO, BadgerDAO e MANGO. Os tokens dos protocolos CREAM, BadgerDAO e Mango Markets também caíram 50% ou mais desde o hack de cada protocolo. Conforme mostra a tabela abaixo, os TVL caíram entre 96% e 100% desde os ataques.

“A conclusão é que voltar de hacks, mesmo após o período inicial de correção da vulnerabilidade, é historicamente difícil. O impacto na reputação de um protocolo é particularmente difícil de superar em DeFi, onde os usuários já podem estar cautelosos ao interagir com um setor repleto de explorações e puxões de tapete. A confiança no projeto é abalada, mesmo que a equipe permaneça e continue a crescer”, concluiu The Defiant.

O BadgerDAO, por exemplo, continuou criando novos produtos de cofre e processos de governança. Além disso, criou uma série de propostas de governança dedicadas à recuperação após o hack. Contudo, o protocolo ainda tem lutado para atrair depósitos.

Thorchain foi o mais resiliente

O protocolo Thorchain, que permite trocas entre blockchains, se destacou como o mais resiliente entre os projetos explorados. Conforme noticiou o CriptoFácil, os invasores atingiram a exchange cross-chain com dois hacks de US$ 8 milhões e US$ 5 milhões em julho de 2021.

Após os ataques, o VL de Thorchain caiu cerca de 56% para US$ 78 milhões. Além disso, no mesmo período, o TVL geral em DeFi caiu 44%.

“A durabilidade relativa de Thorchain sugere que, embora a maioria dos navios DeFi afunde, alguns podem resistir a uma tempestade. Após um esforço de recuperação bem-sucedido, talvez, Euler possa ser um dos últimos”, concluiu o The Defiant.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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