Larry Fink, presidente-executivo da BlackRock, falou sobre a crescente popularidade do Bitcoin em 2020.
A BlackRock é a maior gestora de ativos do mundo. Estima-se que a empresa possui US$ 7 trilhões em ativos sob gestão. Em reais, o valor representa R$ 36 trilhões pela cotação atual.
Durante uma entrevista à Forbes, Fink alertou que esse crescimento está tendo um “impacto real” sobre o dólar.
“Ter uma moeda digital tem impacto real sobre o dólar americano. Moedas como o Bitcoin estão tornando o dólar americano menos relevante”, alertou Fink.
Para Fink, o Bitcoin pode suplantar o dólar em termos internacionais. Com isso, o status de moeda internacional de reserva pode estar ameaçado.
“Não estou falando dos americanos, estou falando dos detentores internacionais de ativos baseados em dólares. A [moeda digital] muda a necessidade do dólar como moeda de reserva: e se existisse uma verdadeira moeda digital separada dos ativos baseados em dólares?”, questionou.
O CEO da BlackRock destacou que o Bitcoin ainda não foi testado e possui um mercado pequeno. Mas que pode evoluir de forma global em pouco tempo.
“O Bitcoin pode evoluir para um mercado global. Possivelmente. [O Bitcoin] ainda não foi testado, um mercado bem pequeno em relação a outros mercados. Você vê esses movimentos gigantescos todos os dias. É um mercado fraco”, disse.
O risco do dólar deixar de ser moeda de reserva já foi levantado por outras instituições. Em agosto, o banco Goldman Sachs alertou que o ouro poderia voltar a ser a moeda mundial.
Além de Fink, o ex-governador do Banco da Inglaterra, Mark Carney, também estava presente. Carney foi outro a dizer que o dólar poderia ser superado por uma moeda digital.
Segundo ele, o nível de atenção gerado por comentários anteriores do BlackRock sobre o Bitcoin teve uma grande repercussão.
Para Carney, o Bitcoin “atiçou a atenção e a imaginação de muitos” que estão “fascinados e entusiasmados com a criptomoeda”.
Em agosto, Carney afirmou que a Libra poderia substituir o dólar como moeda de reserva.
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