Maior banco dos EUA diz que investir em Bitcoin só faz sentido em um cenário distópico

 

O maior banco dos EUA reafirmou que ainda é cético em relação ao Bitcoin e aos criptoativos. Falando ao portal de notícias Reuters, o JP Morgan disse que esses ativos só teriam valor em um “cenário distópico”, em que os investidores perdessem a fé no ouro, no dólar e no sistema global de pagamentos.

“Mesmo em cenários extremos, como uma recessão ou crises financeiras, existem instrumentos mais líquidos e menos complicados para transações, investimentos e proteção de capital”, disse o banco.

O banco, sediado em Manhattan, informou que ainda levará anos até que a tecnologia blockchain entre em contato com as principais instituições financeiras e acrescentou que a participação de organizações financeiras tradicionais nos mercados de criptoativos caiu nos últimos seis meses com indivíduos ocupando uma fatia crescente do mercado.

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De acordo com a Reuters, fundos de pensão e gestores de ativos permaneceram claros até agora, embora tenha ocorrido alguns avanços na infraestrutura de mercado que viram métodos mais seguros para armazenar dinheiro digital emergirem. Apesar disso, as pessoas ainda se preocupam com a volatilidade, falhas de segurança e ativos digitais usados ​​para fins ilegais, como lavagem de dinheiro ou compra de produtos ilícitos.

O JP Morgan acrescentou em seu relatório que as criptomoedas sendo usadas para pagamentos permanecerão “desafiadas” e nenhum grande varejista aceitou tais ativos em 2018, embora os mercados onde as pequenas empresas tenham controle sobre os métodos de pagamento sejam frutíferos no futuro para a propagação de criptomoedas. O JP Morgan acrescentou que o preço do Bitcoin (BTC) poderá cair abaixo de US$1.260 se o mercado de baixa persistir. Analistas do banco também disseram que o BTC vale menos do que o custo de mineração, afirmando:

“A queda nos preços do Bitcoin de cerca de US$6.500 em grande parte de outubro para abaixo de US$4.000 agora tem aumentado cada vez mais as margens negativas para a mineração em quase todas as regiões, exceto as mineradoras chinesas de baixo custo.”

O ceticismo continua

Esta não é a primeira vez que o JP Morgan critica o Bitcoin e os criptoativos. Um grupo de analistas do banco afirmou em dezembro de 2018 que o mercado de baixa prolongado de 2018 estava afugentando investidores institucionais do BTC, acrescentando que o interesse das instituições financeiras pelo comércio de Bitcoin “parecia estar desaparecendo”, com indicadores-chave como o índice de participação em aberto. Os futuros de Bitcoin, segundo o banco, também diminuíram. Mas vários especialistas contrariaram o ceticismo do banco, dizendo que provavelmente os ativos digitais vão sobreviver.

O CEO do JP Morgan, Jamie Dimon, ganhou as manchetes quando disse em 2017 que tinha “um problema” com criptomoedas não fiduciárias, insistindo que as pessoas que lidavam com elas eram “estúpidas” e que “os governos as esmagariam um dia”. Sua mais famosa declaração foi ter chamado o Bitcoin de “fraude”, o que, por coincidência ou não, fez o preço do ativo cair bastante na época. Posteriormente, ele afirmou ter se arrependido da declaração.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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