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Maior banco da Rússia completa sua primeira transação de ativos digitais

O Sberbank, maior banco da Rússia, concluiu sua primeira transação envolvendo ativos digitais. De acordo com a agência de notícias Tass, a transação envolveu a soma de 1 bilhão de rublos, ou R$ 84 milhões na cotação atual.

Quem revelou a notícia foi o vice-presidente do conselho do banco, Anatoly Popov. No mês passado, Popov afirmou que o banco realizaria a transação em até 30 dias, o que de fato aconteceu.

A transação ocorre quase quatro meses após o banco receber licença comercial de ativos financeiros digitais (DFA, na sigla em inglês). Em seguida, o banco criou uma subsidiária para este mercado, chamada SberFactoring, que foi a responsável por realizar a operação.

Com a licença, o Sberbank garantiu aos usuários o uso da tecnologia blockchain e contratos inteligentes para negociar ativos digitais. Nesse sentido, o banco também lançou a sua própria rede blockchain.

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Enquanto isso, a Atomyze se tornou a primeira empresa russa licenciada para negociar ativos digitais. Além disso, a Atomyze negocia tokens lastreados em metal como ativos financeiros digitais.

No entanto, o Sberbank não foi o primeiro banco russo a negociar ativos digitais. Antes dele, o VTB, segundo maior banco do país, também concluiu sua primeira negociação digital.

Enquanto isso, a observação da Rússia das transações de criptomoedas continua em andamento, pois as autoridades planejam introduzir novas regras para o mercado em breve.

Rússia trata criptomoedas com ambiguidade

Desde que teve início a guerra na Ucrânia, a Rússia tem adotado uma postura ambígua em relação às criptomoedas. Há setores do governo que defendem este mercado, enquanto outros enxergam a tecnologia com desconfiança.

Um legislador russo, Anatoly Aksakov, disse recentemente que a maior bolsa de valores do país, a Moscow Exchange (MOEX), tem o potencial de hospedar uma bolsa de criptomoedas regulamentada. A divisão funcionaria em conjunto com a bolsa atual

“Essa divisão – que funcionará como parte de uma organização respeitada, com grandes tradições e altamente engajada em interagir ativamente com o banco central – fará um excelente trabalho na tarefa de lidar com operações de criptomoedas”, disse Aksakov.

O próprio parlamento forneceu incentivos ao setor ao isentar de impostos empresas que emitam criptomoedas ou ativos digitais na Rússia.

Este é o oposto do que o banco central russo vem dizendo sobre criptomoedas. A presidente do banco, Elvira Nabiullina, disse que “as criptomoedas não devem ser negociadas em mercados organizados porque esses ativos são muito voláteis, muito arriscados para potenciais investidores”.

No entanto, o presidente Vladimir Putin ficou entre os defensores das criptomoedas, sobretudo do setor de mineração. Putin enxerga o setor como uma oportunidade tecnológica na qual a Rússia pode colher uma série de vantagens.

Por exemplo, os Estados Unidos estão pressionando para isolar ainda mais a economia da Rússia através de sanções. Com a adoção de criptomoedas e blockchain, o governo russo tem uma arma eficaz para pelo menos amenizar parte dos impactos dessas políticas.

No entanto, apesar do status pouco claro das criptomoedas, os cidadãos russos estão negociando ativamente criptomoedas por meio de bolsas estrangeiras. Em fevereiro, os volumes de negociação no país cresceram mais de 50%.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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