Economia

Maior banco da Alemanha solicita licença para custódia de criptomoedas

Enquanto nos Estados Unidos as agências de regulação pressionam e processam as empresas de criptomoedas, em países da Europa grandes instituições financeiras buscam licenças relacionadas à cripto.

Nesta terça-feira (20), o Deutsche Bank AG, por exemplo, o maior banco da Alemanha em ativos totais e número de funcionários, solicitou permissão regulatória para operar um serviço de custódia de ativos digitais, como criptomoedas. O gigante bancário europeu tem hoje um balanço total de mais de € 1,3 trilhão (R$ 6,8 trilhões)

“Estamos construindo nossos ativos digitais e negócios de custódia”, disse David Lynne, que dirige a unidade de banco comercial do credor, segundo a Bloomberg. “Acabamos de colocar nosso pedido no Bafin [Autoridade Federal de Supervisão Financeira da Alemanha] para a licença de ativos digitais”, disse ele.

Vale destacar que em novembro do ano passado, a BaFin – regulador financeiro alemão – também emitiu licenças para custodiantes nativos de criptomoedas, como a BitPanda.

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Deutsche Bank e criptomoedas

Os serviços de custódia de criptomoedas são responsáveis por armazenar e gerenciar com segurança ativos digitais, como criptomoedas, em nome de investidores institucionais e individuais. Essas soluções garantem a guarda das chaves privadas necessárias para acessar e transferir os ativos digitais.

Lynne observou ainda que a iniciativa de cripto do banco está alinhada a sua estratégia mais ampla de aumentar a receita de taxas. Além disso, reflete esforços semelhantes focados em ativos digitais em seu braço de investimento, o DWS Group.

Este não é o primeiro envolvimento do  Bank com o universo dos ativos digitais. Em 2019, por exemplo, o banco alemão juntou-se à Rede de Informações Interbancárias (IIN, na sigla em inglês). Trata-se de uma rede baseada em blockchain composta por mais de 60 bancos e liderada pelo banco norte-americano JP Morgan.

Além disso, no final de 2020 o Deutsche Bank sugeriu pela primeira vez que pode se tornar um provedor de custódia de criptomoedas. No entanto, o banco não divulgou nenhum detalhe na época.

A solicitação de licença por parte do Deutsche Bank ocorre após o banco enfrentar uma crise de liquidez em março, durante a queda do Credit Suisse. No entanto, o banco alemão conseguiu superar essa situação com confiança e aparenta estar em uma posição sólida.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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