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Maior baleia de Dogecoin pode causar um colapso na moeda; entenda

Duas questões sobre a maior carteira de Dogecoin (DOGE) despertaram dúvidas e apreensões da comunidade na terça-feira (18). A primeira foi a respeito de sua identidade, enquanto a segunda é sobre a segurança deste endereço.

Conforme dados do BitInfoCharts, esta carteira detém o equivalente a US$ 5 bilhões em DOGE. A título de comparação, todo o valor de mercado da criptomoeda é de US$ 21,8 bilhões. Ou seja, quase 40% da oferta total está nas mãos de um só indivíduo.

De acordo com as estimativas, o risco de concentração em um só endereço é extremamente elevado e pode, em último caso, destruir todo o ecossistema da criptomoeda. Além disso, quem será o holder misterioso.

Regra dos 23%

Atualmente, não há uma regra específica a respeito de níveis de concentração de uma criptomoeda. Contudo, uma taxa superior a 23,17% de toda a oferta nas mãos de uma única carteira já liga um importante sinal de alerta.

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No caso da DOGE, a situação tem um agravante de que a parcela deste endereço misterioso está aumentando. Em maio de 2021, ele possuía “apenas” US$ 2,1 bilhões, ou cerca de 28% da oferta circulante naquele momento.

Uma carteira que detenha mais de 23,17% já possui uma quantidade suficiente de dinheiro para ser alvo de ataques. O maior exemplo disso é um ataque de rug pull, quando o desenvolvedor de uma criptomoeda vende grandes quantidades no mercado, derrubando seu preço.

Não parece que o holder dessa carteira seja um desenvolvedor, mas ainda representa um risco. Se apenas parte desse dinheiro for jogado no mercado, a criptomoeda pode sofrer com problemas de liquidez. Com isso, seu preço poderia cair de maneira irremediável.

“Para novas criptomoedas, se as 10 principais carteiras detiverem mais de 20% do token, ou pior, uma grande porcentagem do token for mantida em uma única carteira, isso é um sinal perigoso de um possível puxão de tapete”, afirmou uma publicação no Reddit.

No caso da DOGE, as 14 principais carteiras possuem 46,11% de todas as criptomoedas. Mesmo que não haja um golpe de rug pull por parte de alguma delas, o risco é substancial, especialmente porque a DOGE é essencialmente uma criptomoeda-meme, sem qualquer proposta de valor.

Quem é o holder?

Tão preocupante quanto o risco dessa carteira é a identidade de seu detentor. Quem será o investidor misterioso? Elon Musk, notório entusiasta da DOGE? Alguma exchange?

De acordo com os fóruns sobre a DOGE no Reddit, a maior suspeita era de que a exchange Robinhood detivesse as criptomoedas. O rumor foi iniciado por Tom Robinson, cofundador da Elliptic, que comparou datas e chegou a esta conclusão.

“Quase certamente (a carteira de DOGE) pertence à Robinhood. O momento de sua criação e a criação dos endereços dos quais recebeu fundos coincidem com o momento do apoio de Robinhood à Dogecoin”, disse Robertson à Bloomberg em 2021.

No entanto, o rumor foi desmentido por Christine Brown, COO da Robinhood. Na época, Brown deixou claro que a corretora em si não comprava, vendia nem realizava qualquer operação com criptomoedas. Mas a empresa disse que estas funções serão liberadas para os clientes em 2022.

De qualquer forma, o risco da concentração de criptomoedas em grandes players é real e não pode ser ignorado. Evite qualquer criptomoeda que tenha carteiras capazes de derrubar todo o projeto, pois isso é capaz de gerar perdas irreparáveis aos pequenos investidores.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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