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“Livro vermelho” da blockchain: partido comunista chinês publica guia sobre a tecnologia

O “Livro Vermelho de Mao”, como ficou conhecido, é uma coletânea de citações do presidente da República Popular da China Mao Tsé-Tung, que possuía o intuito de difundir seu pensamento e educar ideologicamente a sociedade chinesa, foi o guia orientador de toda a China Comunista durante a revolução que ocorreu no país naquele período. Agora, outro livro, em proporções muito menores, também promete ser um guia para orientar o povo chinês sobre outra revolução, a da blockchain.

Publicado pelo People’s Daily Publishing House, ou simplesmente “Diário do Povo” (People’s Network), o jornal oficial do Partido Comunista Chinês, o livro intitulado “Blockchain – Um Guia para Funcionários” pretende demonstrar todos os aspectos que envolvem a blockchain e servir como orientação, inicialmente, para burocratas do governo e do Partido.

O livro fornece detalhes sobre a origem da tecnologia de contabilidade distribuída e discute suas aplicações atuais e futuras. Além disso, aborda questões presentes nos âmbitos comercial, tecnológico, jurídico, entre outros.

“Pedimos aos colegas da indústria que continuem a olhar para a tecnologia blockchain com uma perspectiva de desenvolvimento. Olhe para o rótulo blockchain de uma perspectiva científica, olhe para a indústria de blockchain com um olhar estratégico, olhe para as oportunidades de negócios blockchain com um olhar calmo, promova o desenvolvimento sustentável e saudável da indústria de blockchain”, diz um trecho da publicação escrito pelo presidente do People’s Network Ye Hao em um capítulo intitulado “Do Pensamento na Internet ao Pensamento na Blockchain”.

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Hao acrescenta que a tecnologia de contabilidade distribuída combina várias tecnologias e apresenta uma solução que ajuda na distribuição de recursos igualmente. Algumas outras figuras notáveis ​​que contribuíram para o livro incluem Shoucheng Zhang, presidente fundador da Dana Capital, Duan Yongchao, diretor de estratégia da Caixin Media Group, Xue Jingzhong, sócio da Hangzhou Investment Management, e Zhang Xuguang, Presidente da Associação de Ciência, Tecnologia e Inovação de Zhejiang.

Embora a China tenha abraçado a tecnologia blockchain, o mesmo não aconteceu com o Bitcoin e as criptomoedas que enfrentam uma perseguição governamental. No entanto, até mesmo o presidente do país Xi Jinping, junto com o banco central da China, elogiaram a tecnologia “por trás” do BTC, fato que também tem impulsionado o interesse dos chineses pela blockchain.

No mês passado, como informa a agência de notícias local South China Morning Post, de janeiro a julho de 2018, 3.078 empresas chinesas registraram o termo blockchain em seus nomes. O número foi de apenas 555 em 2017 – um aumento de 454% no período de um ano.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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