Categorias Notícias

Líder da Midas Trend apoia novo esquema suspeito de ser pirâmide financeira

Vauberti Freitas foi um dos líderes que mais apoiou a Midas Trend, empresa que desde 2019 não paga seus investidores e recentemente seu proprietário, Deivanir Santos, afirma ter perdido todos os Bitcoins de seus investidores.

Freitas agora está apoiando a XTR Corporation, empresa que oferece rendimentos sobre supostas operações de arbitragem com criptomoedas e não possui registro junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar tais ofertas.

De acordo com o youtuber, a empresa oferece retornos de 1% ao dia, e às vezes “bate recordes” ao apresentar ganhos de mais de 2%. A empresa tem pouco mais de dois meses, mas já teve suas práticas denunciadas junto à CVM.

Pontos semelhantes com outros esquemas

A XTR tem muitos traços semelhantes a empresas que, assim como a Midas Trend, interromperam pagamentos e deixaram clientes sem respostas. O primeiro ponto, que por si só é suficiente para levantar atenção dos investidores, é a falta de registro junto à CVM.

🚀 Buscando a próxima moeda 100x?
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora

O segundo ponto diz respeito aos investimentos com retornos estratosféricos. Retornos de 1% ao dia sobre arbitragens que não são explicadas aos investidores são, como a história já nos mostra, insustentáveis.

Um caso recente a ser comparado é o da Unick, que oferecia até 3% de retorno diário e acabou sendo desmantelada pela Polícia Federal, seus líderes atualmente cumprindo ordens de prisão preventiva.

O terceiro ponto é a necessidade de indicar novas pessoas no negócio, tendo em vista que todas as empresas que ofereciam produtos semelhantes aos da XTR, sem exceção, interromperam pagamentos quando o fluxo de entrada de clientes ficou reduzido – apresentando as mais diversas justificativas para nunca cumprir com os pagamentos.

Além disso, o oferecimento de “cursos de educação financeira” é outro ponto que pode levantar suspeitas, uma vez que todas as empresas acusadas de serem pirâmides financeiras começaram a oferecer cursos após uma investida dura da CVM. Tais empresas passaram a se apresentar como “plataformas educacionais”, e não empresas que oferecem rendimentos sobre investimentos em produtos nada claros.

Apagando o passado

Assim como outros líderes da Midas Trend que, após promover a empresa e até mesmo agradecer a Deivanir Santos “pelas conquistas”, Vauberti Freitas está tentando apagar sua relação com a empresa. Todos os vídeos envolvendo a Midas foram apagados de seu canal no YouTube, sendo tomados por novos vídeos divulgando a XTR Corporation.

Freitas chegou até mesmo a dizer que seria um “energúmeno” se não continuasse investindo na Midas Trend, mudando totalmente seu discurso após Deivanir Santos noticiar o suposto furto dos Bitcoins dos investidores.

Agora, todos líderes que mudaram seus discursos pedem a ajuda de suas respectivas redes para processar Santos.

Denunciada à CVM

A Comissão de Valores Mobiliários não é inimiga do povo, como o próprio dono da Midas já afirmou em um de seus áudios, sendo ela uma autarquia que regula o mercado de capitais para que ofertas de empresas que interrompem pagamentos não sejam veiculadas.

O CriptoFácil conversou com pessoas lesadas por outras empresas acusadas de serem pirâmides financeiras, tendo uma delas dito que já denunciou a XTR à Comissão de Valores Mobiliários. Abaixo, é possível ver o protocolo de denúncia:

É importante lembrar que, a princípio, a denúncia junto à CVM não implica em consequências imediatas à empresa denunciada. Um procedimento será instaurado e as informações enviadas serão verificadas.

Qualquer pessoa pode denunciar um esquema suspeito de pirâmide financeira à CVM. O CriptoFácil já divulgou um guia, por meio do qual é possível dividir suspeitas com a autarquia.

Leia também: Líderes da Midas Trend organizam ações coletivas após promover a empresa

Leia também: G44 não cumpre acordos com clientes e justiça bloqueia imóvel de R$ 1,8 milhão

Leia também: Midas Trend não tem Bitcoins para pagar investidores após ser “hackeada”

Compartilhar
Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

This website uses cookies.