Categorias Notícias

Líder de protesto em Hong Kong quer incitar corrida contra bancos chineses; Criptoativos podem se beneficiar

A 11ª semana de protestos em Hong Kong já se passou e o mundo testemunhou um grande número de manifestações no aeroporto nacional e em vários locais da cidade. Os protestos contra a lei de extradição de 2019 afetaram a economia local de Hong Kong, os investidores despejaram o índice Hang Seng e agora, o ativista pró-independência Chen Haotian pediu aos cidadãos do país que saquem seus fundos depositados em bancos. Presidente do Partido Nacional de Hong Kong, Haotian disse ainda ao público que o “principal objetivo” da “corrida” é atingir “os bancos chineses”, conforme mostra o artigo publicado pela Bitcoin News.

Tudo começou em março, com dezenas de milhares de moradores de Hong Kong tomando as ruas para protestar contra a lei de extradição de 2019. Se a lei for promulgada como lei, poderia permitir que as autoridades chinesas entrassem e extraditassem qualquer cidadão de Hong Kong para a China continental se fossem acusados ​​de um crime. Em abril e junho, os protestos ganharam muito impulso e, aos olhos de muitos moradores de Hong Kong, a luta se transformou em um gigantesco movimento de independência para se separar do governo da China. No domingo, 16 de junho, as ruas do centro do parque Victoria Park estavam cheias de manifestantes que marcharam contra o governo comunista chinês. Há uma semana, no dia 12 de agosto, o aeroporto do país teve que suspender vôos por dias porque milhares de manifestantes estiveram no local protestando.

Agora, o presidente do Partido Nacional de Hong Kong e conhecido ativista pela independência Chen Haotian está convocando para uma corrida contra entidades bancárias chinesas. O termo em inglês “run on a bank” (ou corrida contra bancos em português) descreve a situação em que um grupo muito grande de pessoas retira fundos de suas instituições financeiras ao mesmo tempo. O ato de uma corrida contra os bancos poderia fazer com que um banco basicamente parasse de funcionar, devido ao fato de que a maioria das instituições financeiras hoje opera com reservas fracionárias. Essencialmente, se uma grande maioria das pessoas sacarem seus dinheiros dos bancos, provavelmente não existirão fundos suficientes para todos os que inicialmente depositaram. Em 15 de agosto, a agência de notícias China Press relatou:

“[Chen Haotian] pediu na sexta-feira, 16 de agosto, que os cidadãos de Hong Kong sacassem todos os seus fundos depositados em bancos. O principal objetivo é atingir os bancos chineses, mas ele disse que outros bancos também deveriam ser visados, caso contrário, os bancos chineses podem pedir dinheiro emprestado a outros bancos para resolver problemas.”

A notícia de uma corrida contra os bancos segue os relatos de investidores de Hong Kong sobre a desvalorização das ações mais valiosas do país em meio aos protestos. Alguns especularam que esses fundos migraram para mercados alternativos, como criptomoedas e metais preciosos. A ameaça deve ser levada a sério, uma vez que Hong Kong teve corridas parecidas contra o sistema bancário no passado e até tentativas durante a crise financeira de 2008. O povo de Hong Kong testemunhou uma corrida contra os bancos que durou vários dias em agosto de 1991, quando milhares de clientes das instituições financeiras Standard Chartered Bank e Citibank Hong Kong solicitaram saques ao mesmo tempo.

🚀 Buscando a próxima moeda 100x?
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora

Muitos moradores que vivem no país querem a independência da China há algum tempo e dois anos após os protestos do Occupy Wall Street, o Movimento Umbrella levou essa causa à frente. Assim como hoje, o Movimento Umbrella e outros manifestantes de Hong Kong queriam a independência da China depois que o Comitê Permanente do Congresso Nacional do Povo (NPCSC) acrescentou reformas ao sistema eleitoral do país. No mesmo ano, em 2014, uma grande instituição financeira chinesa foi alvo de boatos de que o Banco Comercial Rural de Jiangsu Sheyang, na China, estava à beira da falência. O jornalista da Reuters relatando a cena afirmou que a instituição financeira decidiu permanecer aberta 24 horas por dia. O banco supostamente trazia caminhões de dinheiro em carros blindados para satisfazer os depositantes. Enquanto isso, o Movimento Umbrella pediu que os cidadãos de Hong Kong continuassem protestando e a China censurou imagens dos protestos de 2014 no continente.

Os protestos de 2019 em Hong Kong têm uma persistente semelhança com as manifestações anteriores do Movimento Umbrella. É provável que não haja uma onda de cidadãos de Hong Kong movendo-se rapidamente para criptomoedas se uma corrida contra os bancos realmente acontecer, mas eventos econômicos como esses deram definitivamente impulso às moedas digitais e aos mercados de metais preciosos nas últimas semanas.

Leia também: Hong Kong, Facebook e a importância das criptomoedas na privacidade

Compartilhar
Amanda Bastiani

Amanda destacou-se como uma editora e produtora de conteúdo influente na CriptoFácil.com, onde liderou uma equipe de seis escritores e impulsionou o crescimento da audiência do site para picos de 1 milhão de visualizações mensais. Sua gestão eficaz incluiu a produção, tradução, e revisão de conteúdo especializado em blockchain e criptoativos, além do uso estratégico do Google Analytics e pesquisas com leitores para aprimorar a qualidade e relevância do conteúdo. Sua educação complementa sua expertise, com um MBA focado em Transformação Digital pela FIA Business School, um curso de Gestão de Projetos pela UC San Diego, e graduação em Comunicação Social pela Faculdade Cásper Líbero, preparando-a com conhecimento avançado e uma abordagem ágil necessária para liderar no setor de criptomoedas. Amanda é uma profissional versátil, cujas realizações refletem uma combinação única de habilidade técnica, visão estratégica, e impacto significativo no engajamento e educação da comunidade cripto.

This website uses cookies.