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Lentidão na rede Bitcoin

Você usuário de bitcoin, que tem poucas movimentações registradas ou que paga uma fee muito baixa para uma transação, pode ter seus registros ainda não verificados e registrados na rede bitcoin mesmo após 1 mês. Dizemos isso pois baseado em um novo estudo do Centro UCL para Tecnologias com Blockchain sediado na Australia, revela que 43% das transações ainda não estão incluídos no Blockchain após a primeira hora desde a primeira vez que foram vistos na rede e 20% das transações ainda não estão incluídos no Blockchain mesmo depois de 30 dias. Segundo eles “assim revelando grande lentidão no sistema Bitcoin“.

UCL é centro de estudos voltados a tecnologia de Blockchain, muito ativo na comunidade com diversos PhDs trabalhando na área e com estudos publicados sobre a tecnologia. Este estudo em específico em que a rede bitcoin foi estudada ao longo de um período de cerca de três meses, diz que aproximadamente 12.000 nodes (nodos ou nó) únicos foram encontrados esperando para ser conectado com confirmação. O estudo diz claramente: “Neste caso, observamos que o processo ainda é bastante lento, pois a maior parte dos valores está incluído no Blockchain dentro de 3h (93%) mas mesmo após 30 dias cerca de 1% do valor ainda está para ser incluído.”

O estudo faz uma outra observação interessantes. Eles dizem, por exemplo, que cerca de 200.000 blocos foram recebidos durante um período de uma semana, quando apenas cerca de 2.000 blocos eram “reais” ou relevantes. Giuseppe Pappalardo, assistente de pesquisa da UCL e um dos autores do artigo, explicou esta discrepância à CCN da seguinte maneira:

“Quando um nó recebe um bloco, ele tem de verificar todas as transações incluídas, e todo o bloco em si. Se ambas as transações e o bloco são válidos, o bloco é anunciado aos pares do nó usando a mensagem inv. Portanto, quando um nó envia para nós uma mensagem INV relacionada a um bloco ou transações, deve implicar que o bloco passou na verificação.

A presença maciça de um “bloco eco” datado enviado por um grande grupo de nós pode ser devido ao fato de que nem todos os nós mantêm uma cópia completa da cadeia de blocos e, portanto, são incapazes de verificar.”

Processamento de transações ineficientes

No entanto, o estudo aponta que independentemente do tamanho do bloco, “nenhum mecanismo que garanta que todas as transações sejam realmente processadas”, uma vez que os mineradores são livres para escolher qual transação incluir em seu bloco.

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Lá na criação, Nakamoto incluiu um mecanismo, mas não é obrigatório pois não está em uma camada de protocolo. Um mecanismo chamado de primeiro visto. Os nós ou os mineradores são destinados a processar a primeira transação vista, formando assim uma fila através deste método, até a quebra dos blocos estar completa. Agora vem um problema no processo, os mineradores estão largamente substituindo este método por um método de priorização de pagamento de taxa.

Concordamos com o Pappalardo quando ele diz que: “O que sugerimos é que os mineradores não têm incentivos para incluir todas as transações na mineração e portanto, alguns são perdidos e depois de um tempo torna-se cada vez mais improvável que um minerador de bom grado inclua as transações antigas”.

Core 0.14.1 será uma solução?

Com o lançamento do Bitcoin Core v0.14.1, onde trazem alguns updates interessantes visando melhoras na performance quanto ao uso da memória, o assunto do tamanho do bloco, e na opção não obrigatória pelos mineiros ao SegWit esperamos que essa “ineficiência” venha a ser corrigida, e que os  blocos soltos com pouca movimentação sejam minerados.

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