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Ledger se oferece para guardar Bitcoins de empresa de Wall Street

A MicroStrategy balançou o mercado ao colocar US$ 400 milhões (R$ 2,2 bilhões) de seu caixa em Bitcoin. No entanto, uma questão é: onde a empresa pretende armazenar todo esse dinheiro?

É aí que entra a Ledger, uma das maiores fabricantes de carteiras de hardware do mundo. A empresa está tentando vender à MicroStrategy as vantagens de um dos seus produtos.

O produto em questão é o Ledger Vault. De acordo com o vice-presidente de produto da empresa, Jean-Michel Pailhon, este produto fornece soluções de custódia para clientes corporativos.

O Ledger Vault seria uma excelente ferramenta para custodiar um valor tão elevado. Afinal, como já disse o fundador da MicroStrategy, Michael Saylor, o investimento foi feito para o longo prazo.

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Concorrência entre gigantes

No entanto, a Ledger terá uma forte concorrência: a Square. A empresa de Jack Dorsey desenvolveu uma estrutura SubZero interna de código-fonte aberto para proteger seus criptoativos.

Motivos para isso não faltam. Recentemente a Square tomou o mesmo caminho da MicroStrategy e adquiriu US$ 50 milhões (R$ 250 milhões) em Bitcoin.

Segundo Pailhon, tanto o SubZero da Square quanto o Ledger Vault empregam Módulos de Segurança de Hardware (HSMs, na sigla em inglês), para o gerenciamento de ativos digitais.

Esses módulos têm sido usados ​​há décadas para proteger dados críticos e geralmente são considerados invulneráveis.

Embora o SubZero possa ser uma ótima estrutura, Pailhon opinou que é mais adequado para empresas de tecnologia como a Square, que já têm a experiência de como implantar e gerenciar HSMs.

No caso de empresas que não estão familiarizadas, ele vendeu o Ledger Vault como melhor opção. Pailhon disse que a própria Ledger configura os cofres para seus clientes.

“Eles não precisam necessariamente saber como funciona. Eles só precisam usar a solução”, afirmou.

Como funciona

Pailhon mostrou ao Cointelegraph como seria o processo de ativação do Ledger Vault em uma empresa como a MicroStrategy. Segundo ele, uma das primeiras etapas seria decidir quantas pessoas estarão envolvidas na autorização de transações.

Nesse caso, uma configuração típica exigiria duas de três assinaturas. Por exemplo, uma delas poderia estar com o CEO, outra com o diretor financeiro e o conselho geral teria a terceira.

Todas as chaves privadas seriam armazenadas em um HSM. Ao mesmo tempo, partes das chaves privadas podem ser armazenadas em vários cofres físicos.

Quando um executivo da empresa deseja iniciar uma transação, ele se conecta ao Ledger Vault e insere a transação desejada. Em seguida, uma notificação seria enviada aos três signatários.

Para aprovar a transação, eles teriam que fazer login e conectar a carteira física Ledger Blue ao computador.

Por fim, eles inseririam seu número de PIN exclusivo na Ledger Blue para assinar a transação.

Há também uma camada adicional de proteção. Nela um dos signatários pode optar por abortar a transação por completo, desde que o número mínimo de assinaturas ainda não tenha sido autorizado.

Mesmo que a empresa precise de um custodiante regulamentado, Pailhon explicou que isso não seria um problema.

“Se você precisar de um custodiante regulamentado, pode pedir a uma entidade regulamentada para se tornar um dos signatários do processo de transação”, disse.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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