Fintech

KuCoin registra saídas de quase US$ 800 milhões após acusações nos EUA

Não são dias fáceis para a KuCoin. A exchange de criptomoedas registrou uma saída líquida de mais de US$ 780 milhões em várias redes nas últimas 24 horas, depois que o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ) e a Comissão de Negociação de Contratos Futuros de Commodities (CFTC) apresentaram acusações contra a empresa na terça-feira.

Dados da empresa de análise de criptomoedas Nansen mostraram que KuCoin teve uma saída total de US$ 882 milhões nas últimas 24 horas até a manhã desta quarta-feira (27), em várias redes. Ao mesmo tempo, a exchanges registrou uma entrada de US$ 99 milhões, resultando em uma saída líquida de US$ 783 milhões.

O conjunto de dados cobre fluxos nas principais blockchains do mercado, ou seja, Ethereum, BNB Chain, Avalanche, Fantom e Polygon.

KuCoin vê retiradas massivas após acusações

As saídas expressivas da KuCoin ocorrem após o DOJ revelar a acusação na terça-feira contra a empresa e dois de seus fundadores. Conforme noticiou o CriptoFácil, a acusação afirmou que os citados permitiram a movimentação de  US$ 9 bilhões em “fundos suspeitos e criminosos”.

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De acordo com o comunicado, a exchange e dois de seus fundadores, Chun Gan e Ke Tang conspiraram para operar um negócio de transmissão de dinheiro não licenciado e para violar o sigilo bancário.

Os procuradores também acusam os citados de não manterem um programa adequado de combate à lavagem de dinheiro.

Ao mesmo tempo, a CFTC entrou com uma ação civil paralela contra a KuCoin, acusando as empresas que operam coletivamente a exchange de “múltiplas violações”.

Conforme os dados da Nansen, a exchange possui US$ 5,1 bilhões em criptomoedas. A reserva de Bitcoin da KuCoin é de cerca de 6277 BTC, enquanto sua reserva de Ethereum totaliza 99.359 ETH, de acordo com dados da CryptoQuant.

“Do ponto de vista on-chain, [a KuCoin] está bem”, escreveu Ki Young Ju, fundador e CEO da CryptoQuant, em um post. “As retiradas de BTC e ETH aumentaram, impulsionadas principalmente por usuários de varejo, com um pequeno impacto na reserva total. Eles parecem não misturar os fundos dos clientes e têm reservas suficientes para processar as retiradas dos usuários.”

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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