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Kraken doa R$ 50 milhões em Bitcoin para clientes impactados pela guerra na Ucrânia

A exchange Kraken fará uma doação direta para seus clientes que foram afetados pelo conflito entre Rússia e Ucrânia. De acordo com o anúncio oficial, serão destinados US$ 1.000 para cada pessoa, ou R$ 5.000 em valores atuais. Os valores serão doados em Bitcoin (BTC).

Como resultado, a Kraken planeja destinar até US$ 10 milhões para esta campanha, o que corresponde a R$ 50 milhões no total. A medida vale para qualquer cidadão ucraniano que abriu uma conta na plataforma antes de 9 de março.

Para conseguir acesso ao valor, os clientes deverão atender aos seguintes requisitos:

  • ser cidadão ucraniano;
  • ter uma conta criada na Ucrânia antes da meia-noite de 9 de março de 2022 (horário UTC);
  • possuir verificação de nível ‘intermediário’ ou ‘pro’ a partir de 9 de março de 2022;
  • a conta deve ter recebido algum valor em qualquer momento;
  • deve fazer login até 1 de maio de 2022 para reivindicar a doação.

O apoio da Kraken aos ucranianos

Este apoio visa auxiliar os cidadãos que enfrentam o caos gerado com a invasão russa, que completou duas semanas recentemente. Segundo estimativas oficiais, mais de 2 milhões de ucranianos já deixaram o país em direção a vizinhos como Polônia e Hungria.

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De acordo com a Kraken, não se trata de um crédito, mas sim de uma doação de fato. Ou seja, os cidadãos poderão retirar o dinheiro imediatamente. O valor será doado em BTC com base na cotação do dia e cairá direto na conta dos clientes.

Além disso, a Kraken distribuirá US$ 1.000 em créditos de taxa na exchange. Esse crédito permitirá que os clientes possam fazer conversões sem nenhum custo.

No total, a empresa estimou que dará mais de US$ 10 milhões em ativos digitais para afetados cidadãos ucranianos. Com base em um cálculo de divisão, o valor doado pode beneficiar mais de 10 mil cidadãos ucranianos.

Para Jesse Powell, CEO da Kraken, as criptomoedas proporcionam liberdade financeira para ambos os lados. Contudo, elas também são uma ferramenta de ajuda humanitária, e é nesse sentido que a exchange planeja atuar.

“Esperamos continuar sendo capazes de fornecer serviços financeiros críticos em um momento de necessidade de nossos clientes na Ucrânia e na Rússia. As criptomoedas continuam sendo uma importante ferramenta humanitária, especialmente em um momento em que muitos em todo o mundo não pode mais confiar nos bancos”, disse.

O valor parece elevado, mas corresponde apenas a uma fração do lucro da empresa. De fato, os US$ 10 milhões equivalem ao total de taxas de negociação pagas por clientes russos nos primeiros meses de 2022.

Portanto, a ação também carrega uma estratégia de marketing, pois significa que a empresa vai abrir mão dos lucros vindos de russos. É uma pequena forma de demonstrar protesto contra a guerra.

A reação das trocas

Enquanto as exchanges realizam doações em prol da Ucrânia, elas têm resistido a pedidos de censura vindos do governo. Os principais vieram do vice-primeiro-ministro da Ucrânia, Mykhailo Fedorov, que pediu o bloqueio de endereços de criptomoedas pertencentes a cidadãos russos.

No entanto, o pedido foi recusado por praticamente todas elas. A Binance recusou o bloqueio, assim como a Kraken. Powell descreveu o BTC e altcoins como a forma de realização dos valores libertários. Como tal, seria um erro congelar todas as contas dos clientes russos.

Coinbase, por outro lado, bloqueou 25 mil endereços russos, conforme noticiou o CriptoFácil. Mas o bloqueio não foi ligado ao conflito e sim de indivíduos supostamente envolvidos em atividades ilegais.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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