Economia

Binance e Tether na mira de legisladores dos EUA por suposto apoio a atividades terroristas

Após relatórios que afirmaram que o grupo terrorista Hamas financia suas atividades com criptomoedas, Senadores dos Estados Unidos decidiram agir. A senadora Cynthia Lummis, R-Wyo., e o deputado French Hill, R-Ark., escreveram uma carta ao Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) instando que o órgão investigue a suposta participação das empresas de cripto Binance e Tether (emissora da stablecoin USDT) no financiamento do terrorismo após os ataques a Israel.

No documento, os legisladores pedem que o DOJ avalie “cuidadosamente até que ponto Binance e Tether estão fornecendo apoio material e recursos para apoiar o terrorismo através de violações das leis de sanções aplicáveis ​​e da Lei de Sigilo Bancário”.

“Em 10 de outubro de 2023, o Wall Street Journal informou que o Hamas, a Jihad Islâmica Palestina e o Hezbollah receberam financiamento por meio de ativos cripto desde agosto de 2021, embora relatórios subsequentes tenham destacado que o nível de financiamento relatado no artigo provavelmente não é preciso.” escreveram os legisladores.

Binance e Tether na mira dos EUA

Os legisladores disseram “apoiar fortemente” uma ação rápida do DOJ contra Binance e Tether. O objetivo, segundo eles, é bloquear fontes de financiamento aos terroristas que atualmente têm como alvo Israel.

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Diretamente ao procurador-geral Merrick Garland, a senadora e o deputado solicitaram que chegue a uma decisão de acusação sobre a Binance “que reflita seu nível de culpabilidade”. Ao mesmo tempo, pediram que o DOJ conclua “rapidamente suas investigações sobre as atividades ilícitas em andamento envolvendo a Tether”.

Com relação especificamente à Tether, os legisladores disseram que é sabido que a empresa “está conscientemente facilitando violações das leis de sanções aplicáveis ​​e da Lei de Sigilo Bancário”. Isso porque a emissora da USDT supostamente não realiza a devida diligência adequada dos clientes.

A dupla afirmou ainda que a Tether tem conhecimento de que seu produto é usado para facilitar o terrorismo e outras atividades ilícitas.

Enquanto isso, sobre a Binance, a dupla disse que a cooperação da exchange é irrelevante para a culpabilidade criminal. Isso porque a Binance só fez algo “depois de permitir conscientemente” o uso de sua exchange por organizações terroristas.

Legisladores pressionam DOJ

A participação de Lummis nessa iniciativa é surpreendente. Afinal, ela sempre defendeu a indústria de criptomoedas nos Estados Unidos. Lummis é uma membro do influente Comitê Bancário do Senado e elaborou um projeto de lei sobre cripto.

Além disso, segue pressionando para que o Congresso aprove a legislação sobre criptomoedas. Em agosto, Lummis também pediu a um tribunal federal que rejeitasse um processo da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) contra a Coinbase.

Da mesma forma, o deputado Hill, que é o presidente do Subcomitê do Comitê de Serviços Financeiros da Câmara de Ativos Digitais, tem pressionado por uma legislação sobre cripto nos EUA.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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