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Roger Thomas Clark, parceiro de Ross Ulbricht na construção e operação da plataforma Silk Road, foi condenado a 20 anos de prisão. Clark, 62 anos, foi detido na Tailândia em 2015 e conhecido online pelo pseudônimo de Variety Jones.
Ele foi condenado em um tribunal de Manhattan na terça-feira (11), após ser extraditado para os Estados Unidos em 2018. As acusações federais contra o cidadão canadense incluíam conspiração para distribuir grandes quantidades de narcóticos, crime ao qual ele se declarou culpado em 2020.
Os promotores afirmaram que esses crimes decorreram de seu papel como principal “conselheiro” de Ross Ulbricht, que é apontado como o proprietário e operador do mercado ilícito da dark web, a Silk Road.
O site, em operação de janeiro de 2011 a outubro de 2013, foi fechado pelo FBI após a prisão de seu fundador, Ulbricht. Atualmente, Ulbricht está cumprindo duas penas de prisão perpétua mais 40 anos de prisão, sem possibilidade de liberdade condicional.
A Silk Road era conhecida por sua falta de restrições no comércio de produtos e serviços, sendo a primeira plataforma a aceitar Bitcoin como forma de pagamento. Foi palco de milhões de transações envolvendo uma variedade de itens, incluindo drogas ilegais.
Apesar da troca de elementos ilegais, a Silk Road desempenhou um papel crucial na história do Bitcoin, pois foi a primeira vez que a criptomoeda foi usada em grande escala. Suas operações destacaram as características pseudônimas da moeda eletrônica peer-to-peer e a facilidade de sua troca.
O contraste entre as condenações de Ulbrich e Clark, ambos julgados pelo mesmo fato, é notável. Ulbricht foi condenado a prisão perpétua dupla e mais 40 anos, enquanto Clark a apenas 20 anos de prisão.
Paralelamente, há o caso de Shaun Bridges e Carl Force, policiais americanos que admitiram roubar Bitcoin da Silk Road. Bridges foi condenado a 71 meses (aproximadamente 6 anos) de prisão em 2015 por roubar cerca de 20.000 Bitcoins.
Force recebeu uma pena semelhante naquele mesmo ano, sendo condenado a 78 meses de prisão por extorsão, lavagem de dinheiro e obstrução da justiça.
Um terceiro agente, referido nas investigações como Diamante ou Crisipo, permanece livre. Clark revelou ter mantido conversas online com alguém que se identificou como agente do FBI chamado Diamond, sugerindo uma associação potencial com Force e Bridges e insinuando que todos estavam envolvidos em operações de extorsão contra os administradores da Silk Road.
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