Economia

Julgamento de SBF: Defesa tenta culpar Caroline Ellison pelo colapso da FTX

Após a formação do júri de 12 pessoas, teve início nesta quarta-feira (04) o julgamento de Sam Bankman-Fried (SBF), o cofundador da “falida” FTX, por acusações de fraude e conspiração. Em sua declaração de abertura, o Departamento de Justiça dos EUA (DOJ) não poupou palavras para descrever o que vem sendo chamado de um dos maiores golpes financeiros dos EUA.

De acordo com o DOJ, o esquema de SBF era um “castelo de cartas construído sobre uma mentira”. O procurador assistente dos EUA, Nathan Rehn, afirmou que o governo apresentaria provas e testemunhas que provariam que SBF “mentiu para seus clientes” e usou o dinheiro deles para comprar “poder e influência”.

Segundo Rehn, SBF “despejou dinheiro de outras pessoas em investimentos” e “gastou esse dinheiro de todas as maneiras consigo mesmo”. Além disso, ele afirmou que SBF usou o dinheiro para fazer doações políticas em troca de favores de pessoas poderosas no Capitólio.

Ao júri, o procurador disse ainda que Bankman-Fried desviou fundos dos clientes para uma “empresa menor e secreta” chamada Alameda Research. E que usou mais de US$ 10 bilhões da FTX para pagar as dívidas da Alameda, ordenando a criação de demonstrações financeiras falsas para encobrir a ação. Contudo, esses demonstrativos falsos vazaram na internet, desencadeando o colapso da FTX.

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Por fim, o procurador afirmou que o DOJ planeja apresentar documentos, arquivos de investidores, demonstrações financeiras e tuítes excluídos de SBF durante o julgamento.

O que disse a defesa de SBF

A defesa de Bankman-Fried respondeu que o ex-fundador da FTX agiu de boa fé. Além disso, afirmou que o colapso da empresa não foi culpa sua e sim de uma de suas funcionárias: Caroline Ellison, CEO da Alameda e ex-namorada de SBF.

Os advogados disseram que Ellison – que se declarou culpada e deve testemunhar no julgamento – não instalou salvaguardas. Por isso, houve o colapso.

Ainda segundo a defesa, SBF nunca teve a intenção de roubar o dinheiro dos clientes:

“Ele não pretendia roubar ninguém”, disse o principal advogado da defesa, Mark Cohen, afirmando que o governo estava tirando as coisas de contexto. Cohen afirmou que SBF “trabalhava muito” e que não “poderia estar em qualquer lugar e fazer tudo”.

Os advogados de Bankman-Fried também disseram que a proximidade entre a FTX e a Alameda não tinha “nada de errado”.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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