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JPMorgan: maioria das instituições não quer criptomoedas

Na quinta-feira (4), o banco de investimento JPMorgan apontou que 89% dos investidores institucionais ainda não investiram em criptomoedas. Deste número, cerca de 78% deseja continuar sem investir.

Os dados fazem parte da pesquisa realizada pela própria instituição financeira, que entrevistou 3.400 investidores de 1.500 instituições.

Apesar da receptividade dos 22% restantes que ainda não pisaram no mercado de ativos digitais, a impressão dos criptoativos ainda não é muito convincente no mercado tradicional.

Apenas 11% das companhias admitiram ter relações com criptomoedas em algum momento.

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Mercado de alto risco

Apesar de estar caindo no gosto de investidores institucionais progressivamente, as criptomoedas ainda estão mistificadas para esse segmento.

A principal barreira para uma melhor adesão, segundo a pesquisa, está na insegurança dos investidores. Os “figurões” ainda temem a volatilidade do mercado.

Além dos altos riscos apontados por eles, há quem drible a tendência das moedas digitais por conta de crimes de criptoativos.

Mais precisamente, cerca de 97% dos entrevistados acham que atos criminosos são um pouco ou muito prevalentes.

De qualquer forma, desejando investir ou não, a maioria dos participantes (58%) acredita que as criptomoedas estão no mercado financeiro de forma definitiva.

Mudança de tom

Jamie Dimon, presidente do JPMorgan, tem buscado mais diálogo com entusiastas da tecnologia blockchain. Contudo, nem sempre foi assim.

Em 2017, o executivo disse que o Bitcoin (BTC) era “uma fraude” e que sistematicamente a bolha iria estourar.

O gestor financeiro chegou a dizer que se um operador do JPMorgan estivesse negociando as criptomoedas, seria demitido:

“Seria demitido em um segundo, por duas razões: é contra nossas regras e eles são estúpidos, e ambas as coisas são perigosas.”

Recentemente, Dimon optou por mudar o tom. No ano passado, o banco anunciou ter realizado uma transação de recompra usando o ecossistema blockchain.

Segundo o JPMorgan, a solução foi desenvolvida pelo próprio banco e logo seria disponibilizada no mercado.

A aproximação de Dimon com o criptomercado ficou ainda mais perceptível quando Elon Musk, CEO da Tesla, passou a se interessar pelas criptomoedas.

JPMorgan detém 8,68 milhões de ações da empresa de Musk, equivalente a uma participação de 0,92%.

Moda passageira?

Para compreender melhor a visão de mercado desses investidores institucionais, a entidade também formulou perguntas de opinião.

Cerca de 21% dos entrevistados acham que o mercado de criptoativos é “uma moda passageira” e 14% definiram as criptomoedas como “provavelmente veneno de rato ao quadrado” — referência à citação de Warren Buffet que ficou conhecida no setor.

Além disso, grande parte desses investidores expressaram o desejo de regulamentações mais rígidas para as criptomoedas. Mais precisamente, cerca de 77% deles desejam medidas mais firmes.

Enquanto parte desse grupo mostra-se irredutível sobre aderir às moedas digitais, artistas e outras empresas — principalmente de tecnologia — estão tendo cada vez mais interesse em criptoativos.

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Juliana Nascimento

Jornalista com ascendente em áries que curte board games, livros e séries/filmes.

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