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Jovens mulheres no Afeganistão abraçam Ethereum para mudar situação no país

Certamente o Afeganistão não é reconhecido mundialmente pela sua capacidade tecnológica de inovação. Pelo contrário, berço de organizações terroristas internacionais, o país abalou o mundo por abrigar, na época, o extremista islâmico Osama Bin Laden, responsável pelo ataque ao World Trade Center, nos Estados Unidos. Entretanto, o potencial das criptomoedas não tem limite e a nova economia digital descentralizada também está mudando o cenário do país.

Como mostrou uma reportagem do portal Coindesk, uma organização chamada Code to Inspire (CTI), que ensina programação a jovens mulheres afegãs, realizou uma parceria com a Bounties Network, e as mulheres do programa agora recebem tokens do Ethereum por realizar tarefas como corrigir vulnerabilidades de empresas, entre outros. Atualmente, elas recebem entre US$10 e US$80 por trabalho, dependendo do projeto que não está restrito a tarefas técnicas (há trabalhos de tradução e outros projetos). A parceria pretende também, em breve, criar uma loja on-line onde os alunos poderão comprar e vender os produtos e serviços que eles e seus colegas de classe desenvolvem.

Esse não é o primeiro projeto envolvendo criptomoedas no Afeganistão. Em 2014, Fereshteh Forough, fundadora do CTI, incentivou colegas afegãs a ganhar Bitcoins por meio de blogs. Entretanto, o desenvolvimento da indústria de moedas digitais no Afeganistão, cuja população não confia nas instituições financeiras ou nos aplicativos móveis, precisa contar com a adesão de um importante player local, os sarafis, que lidam com a multiplicidade de moedas fiduciárias usadas no país.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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