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Israel congela contas de criptomoedas do Hamas em meio a conflito

O mercado de criptomoedas se manteve volátil esta semana, com o aumento das tensões geopolíticas. Com exceção do Bitcoin (BTC), todas as demais criptomoedas do Top 10 abriram em queda nas últimas 24 horas. A escalada do conflito entre Israel e o Hamas assustou os investidores nos últimos dias e afetou o mercado como um todo.

Entretanto, no meio das tensões crescentes, a polícia israelense tomou medidas decisivas ao congelar contas de criptomoeda alegadamente utilizadas pelo grupo terrorista palestino para arrecadar fundos. A medida faz parte de um esforço amplo para reprimir o financiamento do Hamas.

Para realizar esse congelamento, as autoridades israelenses atuaram em conjunto com as exchanges, sobretudo com a Binance, para identificar as contas. Em seguida, a Binance realizou o congelamento, impedindo que pessoas ligadas ao Hamas possam negociar criptomoedas.

Cortando o financiamento do Hamas

No último sábado (7), o Hamas realizou um grande ataque em Israel, um dos maiores da história do conflito entre ambas as partes. Como resultado, Israel declarou estado de guerra contra o grupo, reunindo suas tropas para o contra-ataque. O conflito provocou vítimas devastadoras em ambos os lados até o momento.

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Só que além de atacar o Hamas militarmente, Israel também busca cortar o suprimento do grupo. E nesse sentido, a divisão cibernética da unidade Lahav 433 da Polícia de Israel agiu para bloquear o acesso do Hamas às criptomoedas. Isso porque o fundo utilizava contas em exchanges para solicitar doações em criptomoedas de apoiadores em todo o mundo.

Por isso, o Lahav 433 decidiu atacar essa frente também. A operação ocorreu junto com o Gabinete Nacional de Combate ao Financiamento do Terrorismo (NBCTF) do Ministério da Defesa e outras agências de inteligência. O seu objetivo principal era identificar e incapacitar infraestruturas de criptomoedas que o Hamas pudesse utilizar.

No entanto, o Hamas, lançou uma campanha de angariação de fundos em várias plataformas sociais, incentivando o público a depositar criptomoedas nas suas contas. Só que a unidade cibernética, juntamente com a NBCTF, também identificou estas contas e congelou-as imediatamente.

Notavelmente, a Binance, uma importante plataforma de troca de criptomoedas, desempenhou um papel crucial no auxílio à apreensão desses fundos. A exchange identificou as contas ligadas ao grupo terroristas e bloqueou todas as operações.

E colocando no bolso

Além de bloquear o acesso às contas pelo Hamas, Israel também apreendeu os fundos que já estavam nas contas do grupo em exchanges. Os órgãos de inteligência destinaram o dinheiro para o tesouro nacional de Israel, ajudando no financiamento dos contra-ataques e, ao mesmo tempo, prejudicando ainda mais as operações financeiras do grupo.

Além disso, este incidente contribui para o escrutínio contínuo em torno da conformidade das plataformas de criptomoeda com os regulamentos de combate à lavagem de dinheiro e seu papel na facilitação de atividades ilícitas.

De fato, esta medida representa um passo notável nos esforços de Israel para interromper o financiamento do Hamas. Mas a medida também levanta questões sobre as implicações para a regulamentação e segurança das criptomoedas num mundo onde os ativos digitais estão cada vez mais integrados nos sistemas financeiros.

Em março, a Comissão de Negociação de Futuros e Commodities dos Estados Unidos (CFTC) entrou com uma ação judicial contra o CEO da Binance, Changpeng “CZ” Zhao, alegando que os executivos da empresa estavam cientes das “transações do HAMAS” na plataforma.

Enquanto isso, Israel já havia apreendido cerca de 190 contas Binance, suspeitando de ligações com grupos terroristas desde 2021.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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