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Irã financia importações com criptomoedas para evitar sanções

A economia do Irã tem sofrido com as sanções impostas pelo governo estadunidense e por conta da pandemia de Covid-19.

Entretanto, uma das saídas encontradas pelo país foi a de incentivar a mineração de Bitcoin (BTC).

Agora, o Irã dá um passo adiante nesse setor; a nação se tornou a primeira a incluir as criptomoedas na sua balança comercial.

Irã vai utilizar criptomoedas nas suas importações

O governo iraniano alterou a sua legislação para permitir que o banco central financie as operações de importação por meio das criptomoedas.

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A informação foi dada pela IRNA, que é a fonte de dados oficial do governo do Irã.

Desse modo, a medida visa dar fôlego a uma economia frágil.

Desde maio de 2019, as exportações de petróleo do país sofrem com sanções dos Estados Unidos.

Recentemente, o rial – moeda oficial do Irã – perdeu 70% do seu valor frente ao dólar em apenas quatro meses.

No entanto, há um ponto que deve ser considerado: os mineradores de Bitcoin iranianos serão obrigados a vender a sua produção para o Banco Central do Irã (CBI, na sigla em inglês).

Mineradores forçados a vender BTC ao governo

O portal iraniano Financial Tribune publicou o seguinte sobre a ação do governo persa:

“A medida proposta pelo Banco Central do Irã e pelo Ministério da Energia requer que os mineradores de criptomoedas licenciados vendam as suas reservas diretamente ao CBI.

O Ministério da Energia deve definir um teto para a remessa de unidades de criptomoedas autorizadas, de acordo com a energia gasta para a sua emissão. A produção dos mineradores não deve passar deste teto. O CBI dará mais detalhes em breve.”

Assim, não é possível identificar, ainda, se a medida será vantajosa para os mineradores de criptomoedas.

Ademais, a energia utilizada pelos mineradores é subsidiada. Por esse motivo, o governo tem o poder de limitar a atividade dos operadores desta indústria.

“Nova lei é obscura”

Alireza Shamkhi é um analista de criptomoedas de origem iraniana.

Na visão dele, em entrevista para a Agência de Notícias dos Estudantes Iranianos (ISNA, na sigla em inglês), a nova lei é vaga e ambígua.

Isso ocorre porque a lei não explica a maneira como vai precificar as criptomoedas.

Antes da nova legislação, os mineradores faziam a conversão em dólares. Porém, eles podem ser prejudicados pela taxa de conversão do banco central iraniano.

Além disso, a necessidade de reportar a produção para o CBI pode desestimular os mineradores a seguirem no setor.

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Nicolas Nogueira

Advogado, formado em Direito pela UFPR, com MBA em Negócios Internacionais. Tenho contato com as criptomoedas desde 2017. Sou apaixonado pelo assunto! Para mim, as criptomoedas são o único futuro possível para a economia mundial, bem como a melhor ferramenta de liberdade financeira para todos nós.

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