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Irã corta fornecimento de energia para mineradores de Bitcoin

O Ministério da Energia do Irã decidiu reduzir o fornecimento de eletricidade às unidades de mineração de Bitcoin (BTC) autorizadas a operar no país. Conforme relatado pelo Teerã Times, o corte terá início a partir da quarta-feira (22).

A medida é tomada para impedir o acesso de eletricidade a minas não autorizadas. No entanto, o corte deve afetar o poder de processamento (hash rate) de todo o país. Mas de acordo com a Universidade de Cambridge, o Irã responde pode apenas 0,12% do hash rate global do BTC. 

Cortaremos a eletricidade das unidades de mineração de criptomoedas autorizadas no início do próximo mês do calendário iraniano Tir (quarta-feira, 22 de junho). A medida terá vigor até o final da restrição”, disse o ministério.

O Tir é o quarto mês do calendário iraniano e pega partes de junho e de julho no calendário ocidental. Mas o governo não afirmou por quanto tempo os mineradores ficarão sem energia.

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Fonte de alimentação doméstica dos países salvadores

O governo do Irã liberou a mineração de criptomoedas em 2019, conforme noticiou o CriptoFácil. Nos primeiros seis meses, o Ministério de Energia liberou mais de 1.000 licenças para mineradores. Este também foi a quantidade de mineradores que conseguiram licenças em janeiro deste ano.

Atualmente, 118 mineradores utilizam o fornecimento de eletricidade do país. Como resultado, o Irã registrou consumo de 62,5 mil megawatts (MW) na semana anterior.

O consumo de energia deverá ultrapassar 63 mil MW, o que limitará a oferta para o país. Isto já acontecei em outras ocasiões, como em maio de 2021. Na época, o governo chegou a proibir a mineração para evitar um colapso no sistema de energia.

Em 2021, as atividades ilegais de mineração consumiram cerca de 600 MW, ou seja, quase 1% da energia consumida no país. A proibição ficou em vigor até o início de março deste ano e estima-se que houve uma economia de até 209 MW.

Combate a mineração ilegal

O Irã lida com a questão da mineração ilegal desde que a atividade foi legalizada. Por um lado, a mineração de BTC trouxe energias e até a possibilidade de contornar as sanções impostas pelos Estados Unidos.

Por outro lado, vários mineradores continuam utilizando o sistema de energia do país para minerar de forma ilegal. O país dispõe de energia barata e clima ameno, sobretudo no inverno, o que reduz os gastos com consumo.

Mas o sistema de distribuição de energia é instável, por causa da falta de investimentos causada pelas sanções. No verão, o alto consumo de energia costuma gerar blecautes e quedas no fornecimento residencial.

Além disso, o Irã sofre com problemas climáticos como seca e escassez de chuvas. Com isso, as usinas hidrelétricas não conseguem produzir. E no inverno, as usinas solares – que respondem por 85% da eletricidade gerada no Irã – não operam com força total.

Em 2021, o Ministério e Energia alertou que mineradores ilegais pagariam multas pesadas pelos danos causados ​​ao recurso de eletricidade. A mineração de criptomoeda aumentou os problemas para a indústria elétrica do Irã e seus recursos.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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