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Investigações fazem preço da Worldcoin (WLD) derreter

Em meio a um cenário turbulento para o mercado de criptomoedas, o token Worldcoin (WLD) enfrentou uma desvalorização acentuada, caindo 25% em apenas uma semana. O preço do WLD, que estava US$ 2,30 sete dias atrás, agora se encontra a US$ 1,70, registrando uma queda expressiva.

A Worldcoin, liderada por Sam Altman, também criador do ChatGPT, está no centro das atenções de reguladores de diversos países. A polêmica reside principalmente na maneira como a criptomoeda pode ser ganha de graça pelos usuários: através da varredura de dados biométricos em um dispositivo especial, conhecido como orb.

Enquanto esses dispositivos estão espalhados globalmente, reguladores de países como Alemanha, Argentina, Quênia e França levantaram bandeiras vermelhas sobre o projeto, citando preocupações de segurança e privacidade dos dados coletados.

Projeto Worldcoin

No Quênia, a situação tornou-se tensa. As atividades da Worldcoin foram proibidas no início deste mês, alegando riscos à segurança. Mais recentemente, a polícia local chegou a invadir um armazém da Worldcoin em Namíbia, capital do país, apreendendo documentos e equipamentos.

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Já na Argentina, a Agência de Acesso à Informação Pública (AAIP) conduz uma investigação focada na proteção da privacidade dos usuários do aplicativo da Worldcoin que pausou as operações do “orb” no país, como evidenciado pela remoção das listagens argentinas no aplicativo da empresa.

A França, por sua vez, questiona a legalidade da coleta de dados biométricos pela Worldcoin. Enquanto isso, na Alemanha, as autoridades estão céticas quanto à prontidão das tecnologias usadas pela empresa, especialmente no campo sensível da transferência de informações financeiras.

Acrescentando à tempestade perfeita, a empresa de cibersegurança CertiK revelou uma falha de segurança na Worldcoin. Embora a vulnerabilidade tenha sido corrigida, ela poderia ter permitido que atores mal-intencionados operassem o dispositivo “orb” sem quaisquer credenciais válidas.

Tal falha foi identificada em 29 de maio, porém a Worldcoin já opera há mais de um ano e já cadastrou mais de 2 milhões de pessoas globalmente. O futuro da Worldcoin permanece incerto, com o mercado reagindo às diversas adversidades enfrentadas pela empresa.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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