A Interpol, agência internacional de combate ao crime, tomou medidas para conter um malware de mineração de criptomoedas que teria afetado milhares de roteadores em toda a Ásia.
De acordo com uma matéria desta quinta-feira, 09 de janeiro, do blog TrendMicro, que ajudou a operação, o Complexo Global de Inovação (IGCI) da Interpol em Cingapura liderou uma operação de cinco meses para combater o cryptojacking Coinhive, velho conhecido de hackers. O malware instalado por criminosos cibernéticos que aproveitavam uma vulnerabilidade em roteadores da marca MicroTik e, com isso, utilizavam os equipamentos para minerar criptomoedas.
Apelidada de Operação Goldfish Alpha (Peixe dourado Alpha, em tradução livre), a ação levou a Interpol a trabalhar com especialistas dos Times de Respostas a Emergências Computacionais (CERTs, na sigla em inglês) e policiais de 10 países da Ásia para identificar os roteadores infectados e ajudar as vítimas a remover o malware.
Um comunicado da Interpol identifica 10 países nos quais foram registrados casos de roteadores infectados: Brunei, Camboja, Indonésia, Laos, Malásia, Mianmar, Filipinas, Cingapura, Tailândia e Vietnã. O TrendMicro afirmou que preparou um documento de orientação que foi usado para orientar as vítimas na correção da vulnerabilidade e na desinstalação do programa de mineração.
Foram encontrados pelo menos 20 mil roteadores infectados, um número que foi reduzido em pelo menos 78% por uma ação colaborativa que se encerrou em novembro. Tanto a Interpol quanto os demais grupos envolvidos mantém seus esforços para remover o malware. De acordo com a Interpol, a entidade privada Cyber Defense Institute também ajudou a operação.
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“Quando confrontados com crimes cibernéticos emergentes, como o cryptojacking, a importância de fortes parcerias entre a polícia e o setor de segurança cibernética não pode ser exagerada”, disse o diretor de crimes cibernéticos da Interpol, Craig Jones. “Ao combinar a experiência e os dados sobre ameaças cibernéticas mantidos pelo setor privado com as capacidades de investigação da aplicação da lei, podemos proteger melhor nossas comunidades de todas as formas de crimes cibernéticos.”
Apesar de ainda ocorrerem, os crimes envolvendo malwares de criptomoedas tiveram uma redução pela primeira vez em dois anos, conforme relatou o CriptoFácil em novembro.
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