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Instituição brasileira registra resultados de conflitos trabalhistas em blockchain

A blockchain não se resume somente às criptomoedas. Diversas empresas de outros setores têm recorrido à tecnologia para registrar dados de forma segura e imutável.

É o caso da Câmara Intersindical de Mediação de Conflitos, ou CIMEC. Trata-se de uma iniciativa das entidades SINDICOMIS (Sindicato dos Comissários de Despachos, Agentes de Carga e Logística do Estado de São Paulo) e FEAAC (Federação dos Empregados de Agentes Autônomos do Comércio). A CIMEC resolve conflitos trabalhistas por meio de mediações de conflitos empresariais, conflitos trabalhistas de natureza individual e conflitos trabalhistas de natureza coletiva.

Tais serviços estão disponíveis para todas as empresas e trabalhadores associados aos sindicatos participantes da CIMEC. Após informar, por telefone ou pelo site, o motivo da mediação, em até 72 horas (contadas a partir do contato) uma data é agendada para a mediação – que pode ser presencial ou online.

E são nas mediações que entram a tecnologia blockchain. Para garantir a segurança dos seus associados, a CIMEC registra os resultados das audiências de mediação em uma blockchain.

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Para entender melhor o processo, o CriptoFácil contatou Luiz Ramos, presidente da CIMEC. Ao ser indagado sobre a razão por trás da escolha da blockchain, Ramos afirmou:

“O interesse na tecnologia surgiu para dar transparência e credibilidade nas tratativas realizadas pela CIMEC, em razão de ter sua origem na relação entre sindicato patronal  (Sindicomis) e laboral (FEAAC). A transparência e segurança eram fundamentais para o êxito do projeto.  A CIMEC se orgulha em ser uma legítima Legaltech, levando a todos uma forma fácil e simples de resolverem seus conflitos.”

Ainda segundo Ramos, a blockchain escolhida foi a Hyperledger, uma rede permissionada privada que tem como um dos responsáveis a IBM.

O presidente da CIMEC conclui afirmando que a proposta da organização é utilizar a tecnologia blockchain para registro dos acordos realizados das mediações presenciais e online, bem como registro dos dados das assinaturas realizadas de forma online.

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Gino Matos

Tenho 28 anos, sou formado em Direito e acabei fascinado pelas criptomoedas, ramo no qual trabalho há três anos.

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