A inflação oficial brasileira, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), atingiu 1,16% em setembro.
Embora menor do que a estimativa do mercado, que projetava 1,25%, o índice é o maior para o mês desde setembro de 1994. Essa também é a maior taxa mensal como um todo desde fevereiro de 2020, que registrou alta de 1,35%.
Consequentemente, o IPCA também quebrou recorde e chegou a 10,25% no acumulado de doze meses. É a maior taxa em 12 meses desde fevereiro de 2016 (10,36%).
Só para comparar, o IPCA de setembro de 2020 atingiu 0,64%, ou seja, quase a meta do índice de 2021. Já em agosto de 2021, o IPCA subiu 0,87%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
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Mais pobres foram mais afetados pela inflação
Novamente, os produtos de consumo básico tiveram maior impacto no IPCA. Os gastos com Habitação lideraram com variação de 2,56%. Em seguida veio o setor de Transportes, com alta de 1,46%. Dentro desse grupo, os gastos com energia cresceram 6,47% e responderam pela maior alta.
Dentro de Transportes, o maior aumento veio no preço dos combustíveis, que teve a maior representação (0,18 pontos percentuais) e a maior variação (2,43%). As maiores altas ocorreram nos preços da gasolina (2,32%) e do etanol (3,79%).
Por outro lado, o grupo Alimentação foi um dos que tiveram deflação entre agosto e setembro. No entanto, ainda registrou alta de 1,02%, impulsionada sobretudo pelo aumento no preço das frutas (5,39%).
O café moído (5,50%), frango inteiro (4,50%) e o frango em pedaços (4,42%) também registraram aumento. Em contrapartida, o preço da carne teve deflação leve de 0,12%, interrompendo uma sequência de sete meses de altas. Porém, a carne acumula carestia de 24,84% em 2021.
O único setor que teve deflação foi nos gastos com educação, que teve leve queda de 0,01%.
O IPCA calculou os resultados com base nos preços coletados entre 28 de agosto e 28 de setembro de 2021 (referência). Já os preços base foram coletados entre 29 de julho e 27 de agosto de 2021.
Calculado pelo IBGE desde 1980, o IPCA abrange o consumo das famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte. O índice abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.
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