Inflação quebra mais um recorde nos EUA e derruba preço das criptomoedas

A taxa de inflação dos Estados Unidos, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (CPI) voltou a quebrar recordes em maio. Os índices registrados voltaram a ser os maiores em mais de 40 anos, reforçando que a inflação de fato veio para ficar.

Embora inflação elevada seja algo comum em países como o Brasil, os números dos EUA são vistos como alarmantes. Por causa da elevação nos preços, o mercado de criptomoedas voltou a cair, sob temores de novos aumentos de juros.

Após a divulgação do CPI, o preço do Bitcoin (BTC) começou a cair e agora registra baixa de 1,97%, a R$ 144.697. Em dólares a queda é ainda maior (3,77%) e o BTC agora está cotado próximo dos US$ 28 mil.

No mesmo sentido, a Ether (ETH) cai 4,66% e está cotada a R$ 8.375. O preço em dólar desaba 6,38% e agora está em US$ 1.683.

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Maior inflação desde os anos 1980

O índice CPI chegou a 1% no mês passado, superando as expectativas do mercado, que esperava um aumento de 0,7%.

Como resultado, a inflação acumulada dos EUA em 12 meses ficou em 8,6%, o que superou as expectativas de 8,2% do mercado. Em abril, o índice acumulou alta de 8,3% em 12 meses, ou seja, a inflação não dá sinais de trégua nos EUA.

Mesmo o Core CPI – que exclui os gastos com alimentação e energia – fechou com alta de 6%. Houve queda em relação aos 6,2% de abril, mas o mercado esperava 5,9%. O core CPI de maio, por sua vez, ficou estável em 0,6%, enquanto o mercado estimava a taxa em 0,5%.

Em outras palavras, a inflação continua persistente, apesar dos recentes aumentos de juros nos EUA. Agora, o Federal Reserve (Fed) continua mais pressionado e o mercado aguarda se a autoridade monetária pretende realizar aumentos maiores – e quais serão os eventuais impactos disso.

O pior já ficou para trás?

A inesperada alta na inflação da manchete é problemática para os formuladores de políticas monetárias que estão no meio de um ciclo de aumento de juros. Isto porque o Fed esperava que o ciclo de alta fosse curto e terminasse ainda em 2022.

No entanto, os dois primeiros aumentos não tiveram nenhum efeito na inflação. Pelo contrário, os preços continuam aumentando com força total.

Com isso, o mercado agora espera para ver se o Fed será obrigado a aumentar a taxa de juros em 75 pontos base, ao invés dos 50 pontos base planejados anteriormente.

O aumento de juros de fato controla a inflação, mas, em contrapartida, prejudica a atividade econômica, reduzindo os investimentos das empresas. Juros mais altos também afastam investidores de ativos de risco, como a bolsa de valores e também as criptomoedas.

Para John Silver, CEo da Affinity Solutions e especialista em hábitos de compra, a inflação pode ter atingido um pico. 

“Certamente existem sinais positivos que indicariam que o pior [na inflação] está para trás. O mercado de trabalho permanece forte, o que está colocando dinheiro nos bolsos das pessoas. No entanto, os aumentos de preços ainda estão superando os contracheques das pessoas. Felizmente, essa tendência se reverterá à medida que a inflação atingir seu pico e começar a se dissipar. Nossos dados de gastos com compras sugerem que esta é a direção que estamos indo”, afirmou.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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