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Índia vai testar blockchain para o gerenciamento de subsídios no setor agrícola

O governo da Índia está desenvolvendo estudos com o objetivo de utilizar a tecnologia blockchain para o gerenciamento de subsídios no setor agrícola – mais especificamente, o subsídios de fertilizantes agrícolas.

O estudo reúne o apoio do governo indiano, do instituto think tank local NIT Aayog e da empresa Gujarat Narmada Valley Fertilizers & Chemicals Limited (GNFC), uma das maiores empresas do setor de fertilizantes do país.

Rastreamento e eficiência de subsídios

Segundo a agência de notícias local Hindu Business Line, o governo indiano espera que a integração da tecnologia blockchain torne o processo mais transparente, imune a vazamentos de dados e mais eficiente. Conforme a pesquisa avança, a NITI Aayog também desenvolverá soluções baseadas em blockchain que ajudarão os agricultores a obter melhores rendimentos, aconselhando-os sobre os melhores tipos de fertilizantes a serem usados em diferentes tipos de solo, por exemplo.

A Hindu Business também trouxe detalhes sobre como vai funcionar o uso da blockchain no processo de gerenciamento. A NITI Aayog e a GNFC assinaram uma Declaração de Intenção de parceria na pesquisa e aplicação de uma prova de conceito (PoC) usando blockchain. O think tank usará os resultados da PoC como base para recomendar políticas que serão implementadas para tornar o processo melhor e garantir que os fabricantes de fertilizantes obtenham os subsídios a tempo.

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Ao falar sobre o empreendimento, Dr. Rajiv Gupta, diretor administrativo da GNFC, disse:

“Com a adoção da tecnologia blockchain, é esperado que a distribuição seja eficiente e a transparência dos subsídios seja automatizada e em tempo real.”

De acordo com o Dr. Gupta, um dos problemas que serão resolvidos é o longo tempo que leva para os subsídios chegarem aos fabricantes, o que consequentemente afeta o tempo que leva para os agricultores obterem o fertilizante. O novo sistema baseado em blockchain reduzirá o tempo de espera para três a quatro semanas. O atraso decorre do longo processo de autorização, com várias assinaturas de vários funcionários sendo obrigadas a liberar o dinheiro – processo que deverá ser reduzido com o uso da tecnologia blockchain.

Os documentos necessários para conduzir com sucesso a distribuição são muitos, e isso torna o processo tedioso, acrescentou Gupta. O novo sistema blockchain garantirá que os agricultores se beneficiem com os fertilizantes subsidiados a tempo, eliminando o risco de corrupção política. A parceria entre a NITI Aayog e a GNFC não será apenas no setor de pesquisa, mas também na interação com vários interessados, disseminando suas descobertas em várias redes e na organização de fóruns em todo o país para coletar informações dos cidadãos.

De acordo com um comunicado do Departamento de Informações à Imprensa, a Índia fabrica 31 milhões de toneladas de fertilizantes. Os subsídios do governo levam de dois a três meses para chegar aos fabricantes, com o processo sendo prejudicado por ineficiências. O novo processo também integrará contratos inteligentes para a rápida reconciliação de transações com mínima intervenção humana, observou o press release.

Mais parcerias

Embora o cerco do governo indiano para as empresas que negociam criptomoedas continue apertado (o país recentemente proibiu as exchanges locais de abrir ou utilizar contas bancárias), a recepção do governo ao uso da tecnologia blockchain se mostra mais amistosa.

Recentemente, a Autoridade Reguladora de Telecomunicações do país afirmou que deseja utilizar a tecnologia para combater o envio de mensagens de spam através de comunicações por e-mail e garantir a proteção e privacidade de milhões de usuários no país.

Já na Consensus deste ano, a empresa ImpactPPA anunciou o desenvolvimento de uma parceria com o Ministério de micro, pequenas e médias empresas do país para revolucionar o setor têxtil na Índia, e estipulando uma meta ambiciosa de levar emprego a 50 milhões de mulheres locais.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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