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Índia usa blockchain para coletar DNA de 50 milhões de cidadãos

Em meio a um debate global sobre as grandes violações de dados envolvendo empresas privadas e agências governamentais, um estado indiano tem procurado adicionar outro ingrediente potente a essa mistura explosiva: dados de DNA.

Conforme o artigo publicado pela Quartz, agência de notícias norte-americana, o governo de Andhra Pradesh (AP), o oitavo maior estado da Índia, anunciou em 28 de março que havia se juntado à uma empresa privada para construir um banco de dados de DNA baseado em blockchain de seus 50 milhões de cidadãos.

A parceria com a Shivom, uma empresa alemã de genômica e medicina de precisão, ajudará a melhorar a medicina preditiva no país, disse o governo liderado por N Chandrababu Naidu. A medida está de acordo com o esforço da AP para adotar a nova tecnologia em larga escala para a governança – o estado também procurou digitalizar seu sistema de registro propriedade de terras e combater o roubo de identidade.

Como parte de seu projeto, a Shivom estabelecerá um centro de desenvolvimento em Fintech Valley, Visakhapatnam, cidade que é centro industrial da Índia, e trabalhará em estreita colaboração com o Instituto Internacional de Tecnologias Digitais (IIDT, na sigla em inglês) do governo em Tirupati em segurança cibernética e análise.

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Os testes para os cidadãos serão opcionais, disse um funcionário do governo do estado.

Como funciona

O sequenciamento do genoma é o processo de determinação da sequência completa de DNA de um organismo. Isso ajuda os cientistas a estudar diferentes variações genéticas e suas ligações com doenças.

“Embora a diversidade esteja ao nosso redor no mundo físico, ainda falta dados genômicos disponíveis para os pesquisadores”, disse Axel Schumacher, co-fundador e CEO da Shivom. “Isso resulta em exclusão. Grupos minoritários e sub-representados perdem os benefícios dos avanços na medicina porque a variação que existe em sua localização étnica ou geográfica não é representada nos dados.”

“Quanto mais seqüências de DNA estiverem disponíveis, melhor poderemos entender as doenças genéticas que podem afetar apenas certos grupos de pessoas e melhorar os medicamentos preventivos disponíveis”, disse Schumacher.

Até 2025, espera-se que até dois bilhões de genomas sejam seqüenciados no mundo.

Embora kits de auto-teste de DNA baratos estejam prontamente disponíveis por menos de US$80, as políticas de privacidade em torno do armazenamento de informações genéticas têm sido desfocadas, na melhor das hipóteses. A plataforma blockchain da Shivom poderia mudar este cenário.

Os usuários poderão enviar amostras (geralmente um pouco de saliva) para serem processadas em uma instalação da Shivom. Os dados de cada pessoa serão armazenados de forma segura e criptografada em um cofre secreto online, acessível apenas para eles.

No entanto, pesquisadores e governos terão permissão para comprar ou acessar dados genômicos brutos anônimos armazenados na nuvem.

Isso pode, no entanto, parecer problemático na Índia neste momento, em que a regulação é um assunto frequente no país.

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Amanda Bastiani

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