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HTX, antiga Huobi, registra mais de R$ 1,2 bilhão em saques

O fundador da Tron, Justin Sun, tem enfrentado dificuldades ao lidar com problemas na sua exchange de criptomoedas, HTX (antiga Huobi). Primeiro, a exchange ainda luta contra os efeitos de um ataque hacker em novembro, que resultou na perda de US$ 30 milhões. Mas agora, a empresa também lida com a saída em massa de clientes.

Desde que retomou as operações após sofrer o ataque, a HTX registrou US$ 258 milhões em saídas líquidas. Ou seja, um valor de R$ 1,27 bilhão em valores atuais. A saída mostra o receio dos clientes em permanecer na empresa após a ocorrência do ataque.

Exchange vê saídas massivas

A HTX registrou um volume médio de negociação de US$ 1,6 bilhão nas últimas 24 horas, o que a manteve entre as 20 principais exchanges de criptomoedas em volume. Contudo, o aumento do volume entra em contraste com a saída de fundos da plataforma.

De acordo com o DeFi Llama, US$ 258 milhões saíram da HTX durante o período de 25 de novembro e 10 de dezembro. O dia 25 de novembro foi a data na qual a empresa retomou os saques após o ataque hacker que ocorreu em outubro. A HTX relatou uma perda de US$ 30 milhões em tokens devido à violação e interrompeu temporariamente saques e depósitos após o ataque.

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Coincidentemente, o império de Justin Sun, que inclui a exchange Poloniex e a ponte entre blockchains HECO, não teve um mês de outubro muito bom. As duas plataformas também sofreram com ataques, que, junto com o ataque à HTX, resultaram numa perda total de US$ 200 milhões em criptomoedas.

Após o incidente de segurança envolvendo a HTX, Sun emitiu um comunicado no X, afirmando que há uma investigação em andamento e afirmou o compromisso da exchange de “compensar totalmente as perdas da carteira online da HTX”. Vale ressaltar que os hackers já haviam desviado US$ 8 milhões da plataforma em setembro.

O alto número de saques da HTX confirma uma tendência nada positiva para as exchanges no último mês. A Binance, a maior exchange do mundo, também enfrentou grandes saídas após fechar um acordo de US$ 4,3 bilhões.

Uma olhada nas reservas cambiais

Dentro das reservas da HTX, o Bitcoin (BTC) representa a maior parcela dos saques, com aproximadamente 33% do volume, conforme reportado pelo DeFi Llama. Em seguida veio o token TRX, da blockchain Tron, lançada por Sun em 2017, que representa cerca de 32%.

O HT, token nativo da HTX, representou cerca de 14%, seguida por um token associado à Sun denominado stUSDT, constituindo 12% das reservas.

A TRX tem estado no centro das alegações de fraude que Sun enfrenta nos Estados Unidos. Em uma ação movida em março, a Comissão de Valores Mobiliários (SEC) acusou Sun e suas entidades de manipulação de mercado para aumentar artificialmente a atividade de negociação do token. Sun respondeu ao processo via Twitter, afirmando que as acusações “carecem de mérito”.

A empresa de segurança BlockSec informou que a HTX recuperou com sucesso os US$ 8 milhões roubados em setembro. No entanto, os US$ 30 milhões perdidos no incidente de segurança em novembro continuam sob posse dos hackers.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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