Tecnologia

Homem que perdeu fortuna em Bitcoin no lixo recorre à Inteligência Artificial

Quem acompanha o mercado de criptomoedas há algum tempo deve se lembrar da saga James Howells. Em 2013, o cidadão inglês de 38 anos, residente da cidade de Newport, acidentalmente descartou no lixo um HD contendo 8.000 Bitcoins (BTC). Considerando o preço atual do Bitcoin, em cerca de US$ 34.600 (R$ 169.200 mil), os 8.000 BTC no HD de Howells hoje valem cerca de US$ 276 milhões, ou R$ 1,3 bilhão em valores atuais.

Na época, o BTC valia algumas centenas de dólares, mas a valorização expressiva da criptomoeda transformou Howells em um milionário. Mas de nada adiante ter um milionário teórico. Sendo assim, há anos Howells tenta recuperar sua fortuna jogada no lixo e agora ele quer recorrer à Inteligência Artificial (IA).

Howells já recorreu ao governo da cidade para tentar localizar os Bitcoins no aterro de Newport. No entanto, a Câmara Municipal de Newport impediu o plano, alegando que o processo de desenterrar o lixo pode causar um enorme impacto ambiental nos arredores.

Diante da negativa, em setembro deste ano, Howells decidiu entrar com uma ação judicial contra o conselho local de Newport. No processo, ele ainda pediu uma indenização de £ 446 milhões, ou seja, mais de R$ 2,3 bilhões. Esse montante corresponde, segundo Howells, ao valor dos Bitcoins perdidos levando em conta a máxima histórica da criptomoeda em 2021.

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Bitcoin no lixo

Howells chegou a prometer doar 25% do valor recuperado para a comunidade local. Mesmo assim, a câmara negou o pedido. Agora, a ideia de Howells, é usar a IA em sua missão de recuperar os criptoativos.

“Eu então levaria o aterro para uma unidade onde ele seria colocado em uma esteira transportadora e submetido a um sistema de digitalização de IA. E se a IA reconhecer algo que pareça um disco rígido, ele será sinalizado e removido”, explicou ele à BBC.

Howells também disse à reportagem, publicada nesta sexta-feira (03), que conversou com funcionários que trabalhavam no aterro e tem certeza que o disco rígido com os Bitcoins não passou por nenhum processo de reciclagem ou trituração na época

“O que estou propondo será executado de acordo com os mais altos padrões e tenho algumas das melhores pessoas envolvidas no negócio de escavação”, disse ele. “Contratei dois advogados e um conselheiro do rei, todos preparados para levar isso até o fim – até apelar para a Suprema Corte, se necessário”.

Um porta-voz do conselho de Newport disse que foi contatado muitas vezes desde 2013 sobre a possibilidade de escavar o aterro para achar os Bitcoins. No entanto, reforçou que um trabalho dessa natureza teria um enorme impacto ambiental negativo na área circundante.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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