O pool aponta que, até abril deste ano, todos os mineradores Antminer E3 da Bitmain, o único dispositivo ASIC com algoritmo Ethash, serão desligados por conta do aumento do arquivo DAG. Trata-se de um arquivo carregado no início do processo de mineração de Ethereum e que, caso ele não encontre VRAM suficiente para suportar seu tamanho (que aumenta a cada 5 dias) ele não inicia o processo de mineração.
Porém, o constante aumento do DAG não impactará apenas os Antiminer. Ainda segundo o 2Miners, até dezembro, espera-se que o tamanho do DAG seja superior a 4 GB. Isso impactaria até 60% das GPUs atualmente usadas na mineração de Ethereum que não teriam capacidade para “carregar” o DAG.
Saídas para evitar o colapso
De acordo com Song Xuejian, CMO da Beesbit, isso não significa que a rede Ethereum estaria ‘sucateada’ com GPU desatualizadas. No entanto, se os mineradores não se atentaram a este fato e agora, têm duas maneiras de prolongar o tempo de serviço de seus equipamentos e evitar um colapso na rede:
“Troque o sistema Windows para Linux, pois o Linux usa menos RAM que o Windows. O problema é que não há teste que diga que funciona. Aumentar o tamanho da memória de 4 GB para 5 GB, 6 GB ou 8 GB, custa muito, então, outra saída para evitar perder o equipamento é minerar criptomoedas menores, mas que podem ajudar a trazer rentabilidade como Grin, BEAM, CKB, RVN, XMR, BTG e AION”, destacou.
Entretanto, nem todos os mineradores de GPU são capazes de atualizar suas placas gráficas (GPU) para modelos que podem superar um DAG de mais de 4G. Desta forma, Song especulou que é altamente provável que o hashate Ethereum sofra uma queda de 50% no segundo semestre de 2020. Isto, aliado à problemas como a implementação de ProgPoW, pode fazer o preço do Ethereum iniciar uma queda, explicou Song.
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