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Hash rate do Bitcoin não é afetado pelo halving

O Bitcoin finalmente executou o seu halving e, com isso, reduziu as recompensas na mineração de seus blocos.

Agora, com as mineradoras recebendo apenas 6,25 BTC por cada bloco encontrado, muitos previram que o evento teria um efeito prejudicial no hash rate da rede, provocando uma queda vertiginosa na taxa.

No entanto, quando as recompensas do bloco foram reduzidas pela metade em 11 de maio às 19:23 UTC, algo muito estranho e inesperado aconteceu.

Hash rate do Bitcoin está normal

No caso dos forks do Bitcoin, o Bitcoin Cash (BCH) e Bitcoin SV (BSV), o halving acabou reduzindo significativamente o hash rate destas criptomoedas.

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Desta forma, tanto o BCH quanto o BSV viram os hash rates de suas redes caírem significativamente após o halving, já que máquinas de mineração foram desligadas ou migraram para outras redes.

De acordo com um relatório da LongHash, o hash rate da rede da BSV diminuiu 60% 14 horas após o halving. Já o hash rate do BCH, por outro lado, caiu mais de 80% nas 24 horas seguintes, segundo outro relatório.

Tudo isso levou a indústria de criptomoedas a esperar uma queda significativa no hash rate do próprio BTC quase imediatamente após o halving. Isso aconteceria pois muitos acreditavam que os mineradores se desligariam em massa para evitar perdas.

No entanto, o hash rate do Bitcoin conseguiu permanecer relativamente estável, mesmo após um evento tão monumental quanto o halving.

Segundo dados do site de mineração de criptomoeda CoinWarz, 7 horas depois do halving, o hash rate da rede Bitcoin caiu de 130,47 exahashes por segundo para 122,64 exahashes por segundo.

Voltando à média

A queda de 6% na verdade representa um retorno ao hash rate “médio” que a rede Bitcoin tinha antes do halving.

Isso pode ser resultado de vários fatores.

Em primeiro lugar, alguns analistas acreditam que a receita das taxas de transação é o que sustenta a maioria das mineradoras, mesmo depois que suas recompensas por bloco foram cortadas pela metade.

O empresário Zack Voell disse que as taxas das transações representam cerca de 15% da recompensa em bloco. Desta forma, segundo ele, o aumento na receita que os mineradores tiveram após o halving é muito mais do que era após o halving de 2016.

No entanto, esse momento pode não durar muito para os mineradores de Bitcoin. Matt D’Souza, gerente de fundos de hedge e diretor executivo da Blockware Mining, disse que um grande número de mineradoras está em risco de “extrema capitulação”.

Assim, ele explicou que os dados da Blockware Mining mostraram que cerca de 30% do hash rate do BTC é composto de hardware de mineração que está operando a um preço de equilíbrio.

Desta forma, qualquer oscilação negativa nos preços pode afetar estes mineradores e gerar um desligamento nos equipamentos.

Já para o empresário Preston Pysh, esse é um momento crucial para o mercado se preparar para a “limpeza da eficiência” e para o “ajuste de dificuldade” do protocolo Bitcoin.

Pysh disse que o halving de 2016 fez com que os preços do Bitcoin subissem por nove dias, depois dos quais caíram quase 30%. Levou 100 dias para que o preço voltasse ao seu nível de pré-halving, explicou ele no Twitter, dizendo que o mercado, embora estável agora, deve entrar em um período tumultuado.

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Luciano Rodrigues

Jornalista, assessor de comunicação e escritor. Escreve também sobre cinema, séries, quadrinhos, já publicou dois livros independentes e tem buscado aprender mais sobre criptomoedas, o suficiente para poder compartilhar o conhecimento.

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