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Hash rate do Bitcoin despenca mais de 45% durante segunda maior queda da história

O ajuste de dificuldade, uma medida importante da concorrência entre os mineradores de Bitcoin, caiu 15,95% durante o último período, o segundo maior declínio na história da rede.

A queda na dificuldade de mineração indica que alguns mineradores desistiram do processo de minerar novos blocos, provavelmente em virtude do declínio no preço da criptomoeda, que tornou essa atividade menos lucrativa. Dito isso, a queda pode ser favorável para aqueles que optaram por permanecer com suas máquinas ligadas, pois menos competição significa que os mineradores individuais teriam maior facilidade na produção diária de mineração do Bitcoin.

O ajuste de dificuldade na mineração do Bitcoin ocorreu por volta das 3hs00 (UTC) da última quarta-feira, 26 de março. O número ficou em 13,91 trilhões (T), abaixo das 16,55 T do ciclo anterior registrado em 9 de março. Duas semanas atrás, o BTC sofreu suas piores quedas em sete anos e só se recuperou parcialmente desde então.

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A mineração requer computadores poderosos e especializados que consomem grandes quantidades de eletricidade, e essas empresas normalmente pagam essas contas pesadas vendendo ou emprestando contra seu Bitcoin.

Ganhos anulados

A queda de preço eliminou todos os ganhos no poder de computação do Bitcoin obtidos nos últimos três meses, levando-o de volta ao nível visto por volta de 20 de dezembro. A situação estava pesando especialmente nos operadores de mineração que estavam operando com equipamentos mais antigos, como o AntMiner S9, da Bitmain, e outros modelos equivalentes.

A terceira maior queda na dificuldade de mineração de Bitcoin foi de 15,13%, registrada em dezembro de 2018 – ela também ocorreu em meio a uma queda de preço. Já a maior queda percentual de dificuldade na história do Bitcoin remonta a outubro de 2011.

A dificuldade de mineração do Bitcoin é programada para se ajustar a cada 2.016 blocos – o que normalmente leva cerca de 14 dias – para manter o intervalo médio de produção de blocos em cerca de 10 minutos. Quando uma quantidade considerável de energia de computação na rede é desligada durante um ciclo de 14 dias, aumenta o tempo para os mineradores restantes produzirem os 2.016 blocos. Como tal, a rede do Bitcoin torna a mineração dos blocos no próximo ciclo.

Por outro lado, se uma quantidade significativa de poder de processamento estiver conectada à rede em qualquer ciclo, diminuindo o tempo médio de produção do bloco, a rede aumentará sua dificuldade no próximo ciclo. Como resultado, o aumento da concorrência torna mais difícil para mineradores individuais gerarem blocos e receberem as recompensas.

Leia também: Minerar Bitcoin pode ficar 14% mais fácil após reajuste no algoritmo

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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