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Hackers atacam site de órgão do governo que emite certificados digitais

O site do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação (ITI), órgão que emite certificados digitais no Brasil, foi hackeado na última sexta-feira, 10 de abril. Um grupo invadiu o domínio e inseriu a seguinte mensagem: “Não serve para nada além de gastar dinheiro”.

Um dos motivos que levou o site a ser atacado pode ter sido uma grande ironia: o ITI está com o seu certificado de segurança digital vencido. Na imagem abaixo, tirada do site nesta terça-feira, 14 de abril, é possível ver a frase “not secure” (não seguro) no canto esquerdo, ao lado do endereço do site.

Procurado pela Folha de São Paulo, site que noticiou o ataque, o ITI não se manifestou até o momento. Aparentemente, o ataque não causou danos à infraestrutura de certificação, o que poderia ter causado problemas ainda maiores.

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Modelo elitista e restritivo

O certificado digital é uma ferramenta técnica que comprova a identidade de um cidadão eletronicamente, dando garantia jurídica a qualquer tipo de transação que ele fizer. Essa ferramenta tem papel fundamental na massificação da digitalização dos serviços e diminuição de burocracias, algo que já foi defendido pelo Ministério da Economia.

No entanto, os certificados costumam ser vendidos e custar cerca de R$130,00, o que os torna pouco acessíveis para a maioria da população.

Acusado de ser elitista, visto que alcança apenas 9 milhões de pessoas (em uma população de 210 milhões), o modelo de certificação digital é visto como um entrave ao aumento da digitalização. “Se a maioria dos cidadãos está conectada, o governo tem que parar de separar cidadão digital e analógico. É preciso repensar essa política”, diz Thiago Camargo, presidente da organização Brasil Digital, que reúne empresas como Google, IBM e Microsoft.

Por conta disso, diversos pesquisadores defendem que o ITI deveria permitir a abertura de novos modelos de certificação e estimular a concorrência entre eles. Um dos modelos mais inovadores é a certificação digital via blockchain, que já é adotado pela startup brasileira OriginalMy para a assinatura de contratos e registro de várias informações. Através da ferramenta Blockchain ID, a OriginalMy criou um modelo mais prático, barato e fácil de usar do que a certificação digital vigente.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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