Segurança

Hacker tem sua identidade revelada, devolve dinheiro e acredita que não será preso

Mango Markets, protocolo de DeFi da rede Solana, foi hackeada em mais de meio bilhão de reais. Porém, apenas um dia depois o hacker teve sua identidade revelada. Vamos entender como isso vem acontecendo.

Nessa última terça-feira, dia 12 de outubro, o hacker da Mango Markets teve sua identidade revelada durante a investigação do ocorrido. Porém, toda essa repercussão não abalou o hacker que diz acreditar estar seguro e não irá ser preso.

O que foi dito pelo hacker

Por meio de suas redes sociais, Eisenberg falou publicamente sobre o assunto pela primeira vez neste sábado (15). Segundo o hacker, suas ações eram legais e não constituíam crime.

Eisenberg está tão confiante de que pode se safar que está até disposto a apostar que não será processado. Em seu twitter ele está brincando respondendo pessoas que estão “apostando” se ele irá ou não ser preso.

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Sobre sua confissão, Avraham Eisenberg declarou que “trabalha com uma equipe que gerencia uma estratégia de negociação muito lucrativa“. Em outras palavras, o hacker admitiu seu envolvimento, mas se declarou inocente das acusações de roubo.

Avraham disse também que acredita que todas as ações foram procedimentos legais abertos ao mercado usando o protocolo como foi projetado, embora a equipe de desenvolvimento não tenha antecipado totalmente todas as consequências da definição dos padrões como eles são..

Ele destaca estar ciente que os usuários da plataforma estavam “sem acesso aos seus fundos”, mas que estava tentando ajudar o projeto a recuperar a quantia.

Para isso, Eisenberg fez uma oferta ousada à comunidade Mango. Ele se ofereceu para devolver todo o dinheiro se recebesse R$ 266 milhões.

No entanto, a Mango colocou em votação e foi rejeitado com 90% dos votos.

“Tudo tem que passar por propostas na DAO”, escreveu Daffy Durairaj, cofundador da Mango Markets, no Discord do projeto.

Recompensa

O Mango DAO ofereceu aos hackers uma recompensa de US$ 47 milhões, o que significa que eles seriam obrigados a devolver US$ 67 milhões em tokens sob os termos do acordo, exatamente a posição adotada por Eisenberg, embora ainda não esteja claro se realmente receberão o prêmio.

Como foi o hack

Só para exemplificar, a Mango Markets é a plataforma de negociação de ativos digitais baseada em blockchain da Solana para lucrar com a negociação de margem e negociação de futuros. O token regulatório usado é o Mango DAO.

Dessa forma, o invasor fez um depósito de segurança de US$ 5 milhões”, tuitou o chefe de derivativos da Genesis Global Trading, Joshua Lim.

Como explicou Lim, o hacker ofereceu 483 milhões de unidades MNGO (contratos perpétuos) no backlog da Mango Markets. Então, às 18h24, o invasor financiou outra conta com um depósito de 5 milhões de USDC para comprar essas 483 milhões de unidades de MNGO a US$ 0,03 por unidade.

Após isso começou a mover o preço do mercado spot da Mango, elevando o preço para US$ 0,91 e o valor total da MNGO para US$ 423 milhões.

O assaltante então pegou emprestado 116 milhões de dólares, deixando Mango com um saldo negativo de -116,7 milhões de dólares. Os ativos esgotados incluem USDC, MSOL, SOL, BTC, USDT, SRM e MNGO, que expeliram a liquidez total da Mango.

Em resposta, a Mango Markets disse estar tomando medidas para anular depósitos e congelar fundos de terceiros.

Mango recebe R$ 350 milhões de volta

Mesmo com a proposta rejeitada, a Mango afirmou neste sábado (15) que havia recebido R$ 350 milhões em várias criptomoedas. Portanto, é possível que o hacker tenha encontrado um acordo para receber os R$ 250 milhões que desejava.

Por fim, ainda não está claro como este acordo está sendo realizado. Afinal, o projeto se intitula uma DAO (Organização Autônoma Descentralizada) e a votação acima mostra uma ampla rejeição à proposta.

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Gabriel Madureira

Estudante de ciência e tecnologia na UNIFESP, possui 3 anos de experiência em criptomoedas e 6 anos no mercado tradicional. Trabalha também produzindo conteúdo sobre DeFi nas redes sociais.

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