Segurança

Hacker de criptomoedas se declara culpado e vai restituir vítimas

O responsável por hackear o protocolo de criptomoedas Nirvana Finance, Shakeeb Ahmed, um engenheiro de segurança sênior de 34 anos, admitiu que explorou o protocolo e outra exchange descentralizada de criptomoedas não identificada.

De acordo com um anúncio da Procuradoria dos Estados Unidos para o Distrito Sul de Nova York, Ahmed concordou em abrir mão de US$ 12,3 milhões obtidos com os dois hacks. Além disso, ele pagará às vítimas uma restituição totalizando US$ 5 milhões.

“Há cinco meses, meu escritório anunciou a primeira prisão envolvendo um ataque a um contrato inteligente”, disse o procurador dos EUA, Damian Williams, em um comunicado. “Essa prisão é agora a primeira condenação por tal hack.”

Hacker de criptomoedas

Ahmed enfrentou acusações de fraude eletrônica e lavagem de dinheiro em julho. De acordo com a acusação, ele explorou uma vulnerabilidade em um contrato inteligente de uma exchange de criptomoedas baseada em Solana. Embora o nome da plataforma não tenha sido revelado, a descrição corresponde ao projeto Cream Finance.

🚀 Buscando a próxima moeda 100x?
Confira nossas sugestões de Pre-Sales para investir agora

Conforme noticiou o CriptoFácil, em 2021, o protocolo Cream sofreu pelo menos três ataques hackers. Em fevereiro daquele ano, os hackers drenaram US$ 37,5 milhões em um ataque de empréstimo instantâneo. Em agosto, o Cream foi hackeado novamente e o invasor conseguiu roubar mais de 462 milhões em AMP — o token nativo da Flexa Network — e 2.804 ETH, avaliados em US$ 34 milhões na época. Por fim, em outubro, o protocolo sofreu sua terceira exploração, perdendo US$ 130 milhões em tokens.

Com relação ao ataque ao Nirvana Finance, Ahmed realizou um ataque de US$ 3,6 milhões. O ataque envolveu um empréstimo instantâneo e uma exploração que ele descobriu nos contratos inteligentes da plataforma. O Nirvana ofereceu a Ahmed uma recompensa de US$ 600 mil em troca da devolução dos fundos roubados. Contudo, ele exigiu US$ 1,4 milhão e as partes nunca chegaram a um acordo.

De acordo com as investigações, Ahmed lavou os fundos usando técnicas sofisticadas, incluindo transações de troca de tokens, pontes e transações de troca de tokens. Ele trocou os rendimentos da fraude por Monero, uma criptomoeda particularmente difícil de rastrear.

Ahmed enfrenta uma pena máxima de cinco anos de prisão, mas sua sentença só deve sair no dia 13 de março.

Compartilhar
Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

This website uses cookies.