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Grupo hacker acusa Bitcoin Cash de centralização e diz que 49% do poder de hash está concentrado em um único servidor

De acordo com informações postadas no Twitter da conta do hacker (ou grupo de hackers) BitPico, o Bitcoin Cash sofre uma centralização massiva de nós, sendo que 49% do poder de hash da rede está concentrado em servidores do Alibaba. As informações foram divulgadas cerca de duas semana após o BitPico ter anunciado uma onde de ataques de à rede do Bitcoin Cash. Como mostrou o Criptomoedas Fácil, quando anunciou o ataque, o BitPico afirmou que as ações teriam duração de seis semanas e fariam Roger Ver “chorar”.

Para provar suas informações, o BitPico publicou uma imagem destacando as iniciativas da rede Bitcoin Cash para combater o teste de stress realizado pelo grupo, feito de forma centralizada. Segundo o hacker, os operadores centralizados do BCH gastam cerca de US$100 mil todo mês para manter a centralização da rede nos servidores do Alibaba e assim controlar a criptomoeda.

A equipe de desenvolvedores do Bitcoin Cash não se pronunciou sobre as possíveis revelações, no entanto, membros da comunidade saíram em defesa do BCH e publicaram dados conflitantes com os levantados pelo BitPico. De acordo com o bchnodes.online, por exemplo, os nós do Bitcoin Cash estão atualmente ativos em 48 países espalhados pelo mundo. A maior concentração de nós é nos Estados Unidos, onde aproximadamente 28,26% deles estão localizados, seguidos pela China, com 22,54% dos nós. A Alemanha vem em terceiro lugar, com 10,95% dos nós.

Os membros do BitPico, no entanto, não estão sozinhos ao acusar a rede do Bitcoin Cash de falta de descentralização. No ano passado, em dezembro, o desenvolvedor do Bitcoin, Nick Szabo, fez acusações semelhantes e no início deste ano um gerente de projetos da Divisão de Identidade da Microsoft também fez referências ao mesmo problema, criticando a ideia dos desenvolvedores de aumentar o tamanho do bloco de 8MB para 32MB, o que acabou ocorrendo em um fork recente que também implementou contratos inteligentes.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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