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Grin executa seu primeiro hard fork

A rede da criptomoeda Grin executou sua primeira atualização incompatível com versões anteriores, também chamada de hard fork, nesta quarta-feira, 17 de julho.

A atualização desta quarta-feira foi anunciada desde o mês passado, conforme relatou o CriptoFácil. O hard fork introduziu mudanças importantes na rede que otimizarão a máxima descentralização e usabilidade de sua mineração.

“(o hard fork) Foi planejado desde o lançamento da Grin”, disse John Tromp, desenvolvedor da criptomoeda. “Nós faríamos quatro hard forks nos dois primeiros anos, em intervalos regulares de seis meses, para introduzir novos recursos.”

Atualização forçada

Tromp disse que a atualização não resultou em uma divisão de rede. Em vez disso, a antiga rede Grin simplesmente “parou de funcionar”, efetivamente forçando os usuários a atualizarem o software. A atualização foi concluída às 9:45 (UTC).

“Em um fork clássico, a cadeia pode se dividir em duas continuações incompatíveis entre si. Na Grin, não há como continuar seguindo a cadeia ‘antiga’, pois o código antigo se recusa a aceitar blocos além da altura do [hard fork].”

Uma das mudanças mais importantes introduzidas na rede Grin foi um ajuste para um dos dois algoritmos de mineração. Como relatado anteriormente, a Grin suporta dois algoritmos de mineração: um compatível com dispositivos de computação de propósito geral (GPUs) e outro com hardwares especializados (ASICs). No entanto, a atualização de quarta-feira dará maior preferência à mineração por GPUs para evitar a centralização do processo.

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Quentin Le Sceller, desenvolvedor e engenheiro de software da Grin BlockCypher, explicou que o objetivo é impedir que usuários utilizem ASICs para minerar o algoritmo específico para GPU, o que causaria uma competição desleal na rede.

“Não estamos realmente retirando as ASICs da rede, mas garantindo que ninguém utilizará ASICs para minerar através do algoritmo de mineração compatível com GPU.”

A fim de garantir que os ASICs não detenham o monopólio da indústria de mineração da rede Grin – estimada em mais de US$100 milhões anualmente, pelos preços atuais – o hard fork garante que a rede restante continue resistente aos ASICs.

Outros ajustes

Em outros seis meses, ajustes adicionais no algoritmo de mineração recém-implementado serão ativados pelos desenvolvedores da Grin. Tromp, responsável pelas edições do algoritmo de mineração, também afirmou que no segundo fork da Grin, os desenvolvedores darão o primeiro passo para adicionar canais de pagamento à rede.

“[Os canais de pagamento são] uma forma de duas partes realizarem muitas transações fora da cadeia”, disse Tromp. “[Requer] uma transação na cadeia no início e um acordo no final.”

Os canais de pagamento foram popularizados pela primeira vez na rede do Bitcoin como uma maneira de aumentar o volume de transações diminuindo os tempos de espera de confirmação. A Lightning Network é um exemplo desses canais.

Lançada em janeiro deste ano, a Grin recebeu uma grande atenção por causa de suas características, chegando a ganhar a simpatia de muitos maximalistas do Bitcoin. Atualmente, a criptomoeda tem cerca de US$60 milhões em valor de mercado.

Leia também: Grin anuncia planos para executar seu primeiro hard fork em julho deste ano

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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