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Governo do Canadá impõe sanções a 34 endereços de criptomoedas ligados ao Comboio da Liberdade

As autoridades do Canadá continuam a tentar boicotar transações com criptomoedas para o chamado Comboio da Liberdade. Desta vez, 34 endereços de criptomoedas ligados aos manifestantes foram bloqueados.

Os bloqueios foram realizados pela polícia da província de Ontário e a Real Polícia Montada do Canadá (RCMP, na sigla em inglês) – o equivalente à Polícia Federal. Ambas as instituições ordenaram que todas as empresas financeiras regulamentadas parassem de realizar quaisquer transações para as 34 carteiras bloqueadas.

A lista começou a circular no Twitter na manhã desta quinta-feira (17). De acordo com o Coindesk e outros portais, o seu conteúdo é autêntico. Nesse sentido, os 34 endereços pertencem a cinco blockchains diferentes:

  • 29 endereços de Bitcoin (BTC);
  • um endereço de Ethereum (ETH);
  • um endereço de Cardano (ADA);
  • um endereço de Ethereum Classic (ETC)
  • um endereço de Litecoin (LTC)
  • um endereço Monero (XMR).

“Todas as plataformas de financiamento coletivo e fornecedores de serviços de pagamento que eles usam agora devem se registrar com as transações financeiras. O registro deve ser feito junto ao Fintrac, o qual relatará ao governo transações suspeitas ou de grande volume”, disse um porta-voz da RCMP.

Trabalho conjunto

Além da polícia de Ontário e da RCMP, o Centro de Análise Relatórios do Canadá (Fintrac) também está envolvido. Juntos, os três órgãos estão investigando doações de criptomoedas para os protestos de caminhoneiros que pararam o país.

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Conforme noticiou o CriptoFácil, milhares de caminhoneiros pararam as ruas da capital Ottawa nas últimas semanas. Os manifestantes protestam contra as medidas de isolamento adotadas pelo governo Justin Trudeau, sobretudo a obrigatoriedade do passaporte de vacina.

Para conter os protestos, Trudeau aprovou o Ato de Emergências, que confere ao primeiro-ministro poderes especiais. Com base nessa lei, o governo aprovou que bancos possam congelar contas bancárias de pessoas envolvidas com as manifestações.

Com a possibilidade de bloqueios, caminhoneiros e doadores se voltaram para as criptomoedas. Uma campanha de arrecadação descentralizada coletou mais de 20 BTC, ou cerca de R$ 1 milhão.

Bancos canadenses ficam offline

Para completar o temor dos canadenses, os maiores bancos do país sofreram quedas em seus sistemas na quarta-feira. Como resultado, vários clientes não conseguiram ter acessos às suas contas bancárias, especialmente nos quatro maiores bancos do país:

  • Royal Bank of Canada (RBC);
  • Bank of Montreal (BMO);
  • Scotiabank;
  • Canadian Imperial Bank of Commerce (CIBC).

De acordo com o site e-Transfers, os sistemas de transferências eletrônicas, serviços bancários on-line e mobile foram especialmente afetados. Usuários afirmaram que os problemas de acesso se intensificaram entre as 7 e 8 da manhã, horário de Brasília.

No entanto, alguns serviços offline também foram afetados. Usuários relataram no Twitter que não estavam conseguindo utilizar seus cartões bancários nos caixas eletrônicos.

O temor de confiscos bancários fez disparar uma procura por saques entre os canadenses. De acordo com o Google Trends, a busca pelo termo bank run (corrida bancária) atingiu um forte pico na quarta-feira (16).

Corrida bancária refere-se a um cenário no qual uma grande quantidade de pessoas vai aos bancos para sacar seu dinheiro. No sistema financeiro atual, as instituições operam via reservas fracionárias, ou seja, os bancos guardam apenas uma parte de todos os depósitos dos clientes.

Em suma, se os clientes vão aos bancos de uma só vez, a instituição acaba ficando sem dinheiro para pagar todo mundo. E quem chegar por último corre o risco de não receber nenhum centavo.

O banco RBC afirmou que se tratava de um problema técnico e que as operações online seriam restauradas em breve.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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