Segurança

Google Cloud torna-se validador da Ronin do Axie Infinity

Após o hack de R$ 3 bilhões em março deste ano à Ronin Network, do jogo Axie Infinity, a Sky Mavis – empresa por trás do game – vem anunciando novidade de forma contínua para tornar o ecossistema mais seguro.

Nesta sexta-feira (9), a empresa anunciou que adicionou o Google Cloud – serviço de nuvem do Google – a sua rede de nós validadores.

De acordo com a Sky Mavis, o acordo com o Google Cloud é de “vários anos” e visa reforçar a segurança do Ronin.

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“O Google Cloud vai executar um nó validador de rede Ronin para reforçar a segurança da Ronin e avançar em nossa visão de construir um universo de jogos com experiências inter-relacionadas, imersivas e recompensadoras.”

Google Cloud faz parceria com a Sky Mavis

Conforme explicou a empresa, ao executar e supervisionar um nó, o Google Cloud vai contribuir para a sua segurança e governança coletivas. Ao mesmo tempo, passa a assumir a função de monitorar os tempos de atividade do nó validador.

“Os validadores têm o importante dever de garantir que as transações na Ronin sejam processadas de forma correta. Além disso, eles atuam como parceiros e supervisores cruciais do ecossistema”, disse Aleksander Larsen, cofundador e diretor de operações da Sky Mavis.

Ainda segundo Larsen, o Google Cloud é um colaborador reconhecido da comunidade de desenvolvedores. Ao mesmo tempo, tem um profundo conhecimento técnico sobre a blockchain e a execução de validadores. Por isso, foi uma das principais opções da Sky Mavis. Larsen destacou também que o Google Cloud tem sido provedor de nuvem estratégico da empresa desde 2020.

“Então, recebê-los agora como o mais recente e 18º validador da Ronin é um grande negócio para nós. Isso é especialmente importante porque nós avançamos em direção ao nosso objetivo inicial de ter 21 validadores independentes protegendo a rede”, disse ele.

Google Cloud vai fornecer experiências mais confiáveis

O Google Cloud também vai atuar no setor de recursos avançados de balanceamento de carga e armazenamento em cache. A ideia é, com isso, oferecer experiências mais suaves e confiáveis ​​aos usuários em qualquer lugar e em qualquer dispositivo.

Trung Nguyen, cofundador e CEO da Sky Mavis, destacou que, desde quando a empresa participou do programa do Google para startups até hoje, o Google Cloud e seu parceiro Searce deram o suporte certo para a empresa, inclusive para lidar com o tráfego de 2,3 milhões de donos de NFTs Axie.

Enquanto isso, Ruma Balasubramanian, diretor administrativo do Google Cloud, disse que a Sky Mavis é um bom exemplo de como a nuvem pode permitir que a blockchain gere inovação e criação de valor para os indivíduos:

“Nós esperamos trabalhar com a Sky Mavis para acelerar o seu roteiro de produtos e aumentar a rede Ronin com uma infraestrutura segura como seu núcleo. Também estamos empolgados com as possibilidades que podem surgir desta colaboração – sejam experiências divertidas para os usuários ou novos modelos de negócios na distribuição de jogos.”

Ataque à Ronin do Axie Infinity

O ataque hacker à Ronin foi um dos maiores da história dos ativos digitais. Conforme noticiou o CriptoFácil, o hack à Ronin comprometeu cinco das nove chaves de nós validador na sidechain.

Para realizar o ataque, os hackers usaram chaves privadas roubadas para ter acesso aos nós. Em seguida, eles forjaram retiradas falsas, obtendo acesso aos tokens roubados.

O hacker usou essas chaves para roubar 173 mil Ether (ETH) e 25,5 milhões na stablecoin USD Coin (USDC). Após o ataque, a Sky Mavis se comprometeu, entre outras coisas, a aumentar o número de nós de nove para 21 para proteger melhor a rede.

Na última quinta-feira (8), a Chainalysis anunciou que ajudou o governo dos EUA a recuperar cerca de US$ 30 milhões roubados no ataque. Em reais, essa quantia equivale à cerca de R$ 156 milhões.

Segundo Erin Plante, da Chainalysis, isso marca a primeira apreensão de cripto roubadas por hackers norte-coreanos: “Nós estamos confiantes que esta não será a última vez”, disse ele.

Conforme explicou a Chainalysis, o valor em questão representa cerca de 10% do total de fundos roubados.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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