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Good Money: projeto para recrutamento de celebridades que apoiam criptoativos está a caminho

Blogueiros e gurus podem vender criptoativos para o grande público?

Esse parece ser o plano mestre por trás da startup de Gunnar Lovelace, o ex-cofundador da Thrive Market. Segundo a agência de notícias CoinDesk, Lovelace planeja redistribuir uma rede de “mega-blogueiros” que ele construiu promovendo o mercado de saúde, transformando sua legião de fãs de fitness em fãs de criptoativos.

Mas se Lovelace está aberto para divulgar uma rede de celebridades que inclui estrelas de cinema, treinadores, autores de livros de culinária e o vocalista do U2 Bono em particular, sua empresa não demonstra a mesma transparência. Fundada em 2018, seu site não apenas contém virtualmente nenhuma informação, mas até agora a conversa sobre o projeto circula em torno de partes secretas estrategicamente colocadas em grandes eventos de criptoativos.

No entanto, os documentos dos investidores obtidos pela CoinDesk revelam o que o Good Money, nome do projeto, está realmente apostando na ideia de que os millennials confiam mais em influenciadores digitais do que nas instituições de mídia ou financeiras. Assim, a ideia central é que essas personalidades podem estar mais do que dispostas a monetizar essa confiança.

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Um baralho para a empresa obtido pela CoinDesk explica:

“O Good Money é uma plataforma bancária móvel e inovadora, com uma interoperabilidade entre criptomoedas e moedas fiat que capacita os cidadãos a fazer parte de um mundo mais justo e transparente.”

O projeto

A Good Money, cuja sede fica em Austin (capital do Texas), arrecadou US$ 22 milhões com uma oferta de US$ 40 milhões no que parece ser um modelo de nota conversível, embora rumores apontassem o lançamento de uma ICO.

Quanto ao produto, trata-se de uma carteira móvel que funcionará como banco, sistema de pagamento e plataforma de investimento, entre outras coisas. Ela também promete permitir que os usuários possam contribuir para quais causas sociais devem ser destinada parte dos lucros da empresa.

Muitas das promessas do Good Money soarão familiares aos leitores regulares de whitepapers de várias ICOs – transações rápidas, taxas baixas, incrível experiência do usuário. Mas um aspecto do projeto se destaca: seu foco no marketing. Em um documento que descreve o ecossistema da Good Money, ele descreve um plano de captação de recursos que visa, em última análise, levantar US$ 80 milhões vendendo tokens de segurança GDMY, ou “Ações Boas”, capital social da empresa.

Lovelace, CEO da empresa, disse à CoinDesk que agora diz que não tem uma meta declarada para a captação de recursos.

O público em geral pode aguardar uma oferta de moeda de US$ 15 milhões (embora o preço dos tokens deva ser determinado). Os fundadores investiram US$ 10 milhões em uma avaliação de US$ 40 milhões, ou US$ 0,0024 por token. As próximas parcelas foram ligeiramente mais altas, nos documentos dos investidores, mas a empresa agora diz que todo o capital externo foi levantado pela avaliação dos fundadores.

A chave: influenciadores

Caso o Good Money continue a levantar capital, parece que seu plano é depender fortemente de uma estratégia agressiva de mídia social.

Os documentos explicam que os influenciadores foram a chave para a capacidade da Thrive Market de atrair clientes entre os millennials, argumentando que foram os grandes blogueiros que se tornaram investidores na Thrive e promoveram seus produtos para seus seguidores.

Diversas personalidades da internet podem ser vistas nos vários documentos de investidores da Good Money: Zoe Saldana (Guardiões da Galáxia), Wellness Mama (blogueiro), Mike Geary (TruthAboutAbs.com), Nick Ortner (autor) e Michelle Tam (autora de livros de receitas paleo).

Nenhum dos documentos indica que qualquer um desses influenciadores tenha se comprometido com o Good Money. Eles são listados apenas como apoiadores sugeridos com base no envolvimento anterior de Lovelace na Thrive.

Um post da TechCrunch na Thrive de 2016 lista vários investidores famosos, incluindo Saldana, John Legend (músico), Jillian Michaels (do reality show The Biggest Loser), Deepak Chopra e Tony Robbins (autores).

Seus fundos para influenciadores e editores não vão parar com o dinheiro que ele gera na venda de tokens. Desde que o token GDMY mantenha seu valor, um terço da reserva liberada a cada ano será usado para trazer influenciadores e mantê-los. A Thrive promete às pessoas e organizações com alcance para cada cliente convertido, e a Good Money propõe importar esse mesmo modelo.

Em uma conversa rara dada no Fórum Mundial de Blockchain no início deste ano, Lovelace explicou:

“Entramos no mercado de criptoativos com um exército de influenciadores e editores e celebridades que trarão mais poder de fogo de marketing ao lançamento de um bom dinheiro e à ampliação de nossa plataforma do que qualquer outra criptomoeda até hoje.”

O poder da internet

Influenciadores digitais são uma das principais formas que startups e empresas nascentes no mercado de ativos digitais encontram para divulgar seus produtos. As principais vantagens desse modelo são um menor custo de divulgação e o alcance cada vez maior desses influenciadores, o que gera um custo por aquisição de cliente (CAC) que tende a ser mais baixo do que o dos meios tradicionais.

Outra possível razão é que grande parte dos influenciadores são também entusiastas do Bitcoin e de outros criptoativos. Consequentemente, eles transmitem mais confiança na hora de divulgar o produto, visto que possuem uma reputação a zelar com o seu público.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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