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GitHub usará ilha da Noruega para armazenar código-fonte do Bitcoin

Considerado o local habitado mais ao norte do planeta Terra, o arquipélago de Svalbard está sob jurisdição do governo da Noruega. O local é mais conhecido por abrigar o famoso Silo Global de Sementes de Svalbard, mas agora tornou-se um refúgio improvável para o código do Bitcoin, um dos pilares da civilização moderna.

Foi neste lugar, em uma mina de carvão abandonada a 250 metros de profundidade, que o GitHub escolheu armazenar grandes quantidades de programas de código aberto. Isso inclui o código original do Bitcoin Core, de longe a implementação de código mais popular da infraestrutura subjacente do Bitcoin e um dos repositórios mais usados no GitHub.

O projeto faz parte de um programa de arquivamento que visa proteger uma parte importante da história tecnológica. Uma espécie de “negativo” de todo esse código será copiado para bobinas de filme e armazenado em um contêiner de aço, tudo feito para manter os dados armazenados e ilesos por pelo menos 1.000 anos.

Preservando a História no próximo milênio

Embora o Bitcoin Core seja o projeto de maior destaque, a maioria dos projetos de criptomoedas armazenados no GitHub também será incluída, incluindo o código da Lightning Network e os códigos por trás de outras criptomoedas, como Ether (ETH) e Dogecoin.

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Organizações como a Internet Archive, uma biblioteca digital sem fins lucrativos, e a Long Now Foundation, estão apoiando o projeto do GitHub, o qual também conta com a consultoria de historiadores, antropólogos e outros cientistas.

Os contribuintes dos códigos do Bitcoin e da Ethereum são fãs da iniciativa. “Quanto mais backups, melhor”, destacou Ligi, um desenvolvedor da Ethereum.

“Eu acho que é provável que, em algum momento no futuro, o registro eletrônico seja perdido. É tudo muito frágil. Preservar algumas coisas em cópia impressa pode definitivamente ajudar a evitar um buraco na história”, disse Wladimir van der Laan, principal mantenedor do Bitcoin Core.

O arquivo potencialmente fornece não apenas uma proteção, mas serve como uma espécie de “cápsula do tempo” para as pessoas, daqui a mil anos, descobrirem como as criptomoedas eram no passado – ou como elas evoluíram durante o milênio.

“Em certo sentido, esta é uma seção fascinante da história financeira que devemos preservar para estudos futuros”, disse Bryan Bishop, colaborador do CTO da Avanti e do Bitcoin Core.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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