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Gita Gopinath do FMI afirma que criptomoedas não substituirão dólar americano tão cedo

A economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) Gita Gopinath afirmou, em uma publicação no Financial Times, que as criptomoedas estão longe de substituir o dólar americano. De acordo com o site de notícias Coindesk, que reportou o fato nesta terça-feira, 07 de janeiro, a economista declarou que as criptomoedas ainda não possuem a infraestrutura e a aceitação global necessárias para superar o dólar. Apesar disso, Gopinath reconhece o que chamou de “possibilidades intrigantes” dos ativos. 

“Os avanços nas tecnologias de pagamento não abordam questões fundamentais do que é necessário para ser uma moeda de reserva global (…) O status do dólar é reforçado pelas instituições, estado de direito e proteção credível aos investidores que os EUA são vistos como fornecendo”, disse Gopinath.

Por outro lado, economistas e chefes-de-estado especulam sobre a possibilidade das moedas digitais desafiarem diretamente a hegemonia do dólar. O chefe do Banco Central do Reino Unido Mark Carney, por exemplo sugeriu, em agosto de 2019, que as moedas digitais emitidas por bancos centrais (conhecidas como CBDCs) poderiam substituir o dólar como moeda global, funcionando como uma “moeda hegemônica sintética” (SHC, sigla em inglês). Isso foi rebatido por Gopinath, que observou que mesmo que as SHCs possam reequilibrar o comércio global, elas precisariam ser aceitas globalmente.

Recomendação aos bancos centrais

O FMI já havia defendido pesquisas sobre moedas digitais por parte dos bancos centrais. A chefe anterior Christine Lagarde sugeriu, ainda em 2018, que os banqueiros centrais passassem a considerar seriamente a emissão de moedas digitais do banco central, com o objetivo de incentivar a inclusão financeira bem como melhorar a privacidade dos pagamentos.   

Em dezembro de 2019, a entidade publicou uma análise sobre seu papel dentro da discussão sobre CBDC. Na ocasião, o FMI declarou:

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“O FMI pode ajudar de três formas: trazendo informações ao debate, reunindo partes relevantes para discutir sobre o assunto e ajudando países a desenvolver diretrizes. Tendo em vista que CBDC é um tópico novo, o FMI está ativo nas duas primeiras áreas, mas está gradualmente movendo para a terceira área conforme países consideram opções e buscam conselhos.”

Leia também: FMI discute sobre sua participação na emissão de moedas digitais de bancos centrais

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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