Economia

Gestora com US$ 190 bilhões sob gestão autoriza compra de ETF de Bitcoin

A empresa de gestão de patrimônio Cetera Financial Group, que administra cerca de US$ 190 milhões em fundos, autorizou a compra de quatro ETFs spot de Bitcoin para os consultores que optarem por implementar tais fundos nas carteiras de clientes.

A firma sediada em San Diego anunciou na quinta-feira que lançará treinamento educacional para seus profissionais financeiros, enquanto consideram alocações para ETFs de Bitcoin, marcando a mais recente movimentação de um gestor de ativos para adotar tal medida.

Até o momento, a Cetera aprovou alocações para consultores em quatro dos 10 ETFs de Bitcoin spot dos EUA: BlackRock’s iShares Bitcoin Trust (IBIT); o Fidelity Wise Origin Bitcoin Fund (FBTC); o Franklin Bitcoin ETF (EZBC); e o Invesco Galaxy Bitcoin ETF (BTCO).

“Continuaremos a avaliar proativamente as implicações dos ETFs de Bitcoin e produtos relacionados e modificaremos nossas políticas de acordo, e esperamos colaborar com nossos profissionais financeiros para adotar ETFs de Bitcoin quando apropriado com seus clientes,” disse Matt Fries, chefe de produtos de investimento e soluções de parceiros da Cetera, em comunicado.

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ETFs de Bitcoin

A Cetera pareceu favorecer os ETFs de Bitcoin oferecidos por grandes empresas com inclinação TradFi. A linha de produtos iShares da BlackRock administra mais de US$ 2,7 trilhões em ativos, enquanto os ativos nos ETFs dos EUA da Invesco somam cerca de US$ 500 bilhões, de acordo com a ETF.com.

Gigantes de serviços financeiros como Fidelity Investments e Franklin Templeton têm aproximadamente US$ 67 bilhões e US$ 16 bilhões, respectivamente, em seus complexos de ETFs dos EUA.

Esses provedores têm “históricos de lançamento bem-sucedido de novas estratégias de produtos e estão bem posicionados com recursos, ferramentas e conhecimentos estabelecidos,” observou a Cetera em seu comunicado de quinta-feira.

Os 10 ETFs de Bitcoin spot dos EUA totalizaram quase US$ 12 bilhões em entradas líquidas em suas primeiras nove semanas de negociação, de acordo com dados da BitMEX Research.

Apesar de suas cerca de US$ 11,7 bilhões em saídas líquidas, o Grayscale Bitcoin Trust ETF (GBTC) lidera a categoria com mais de US$ 26 bilhões em ativos. IBIT e FBTC vêm em seguida, com cerca de US$ 15,9 bilhões e US$ 9,2 bilhões, respectivamente.

A Cetera optou por ainda não aprovar o GBTC, que possui uma taxa de 1,5%, substancialmente mais alta do que a dos concorrentes.

Por enquanto, também deixou de fora o acesso ao Ark 21Shares Bitcoin ETF (ARKB) e ao Bitwise Bitcoin ETF (BITB). Esses dois fundos têm ativos sob gestão significativamente maiores do que EZBC e BTCO — com cada um acima de US$ 2 bilhões.

A orientação da Cetera em torno dos ETFs de Bitcoin surge enquanto observadores do setor dizem que mais gestores de patrimônio e plataformas de investimento desbloquearão provavelmente o uso de tais produtos para alocadores nos próximos meses.

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Cassio Gusson

Cássio Gusson é jornalista há mais de 20 anos com mais de 10 anos de experiência no mercado de criptomoedas. É formado em jornalismo pela FACCAMP e com pós-graduação em Globalização e Cultura. Ao longo de sua carreira entrevistou grandes personalidades como Adam Back, Bill Clinton, Henrique Meirelles, entre outros. Além de participar de importantes fóruns multilaterais como G20 e FMI. Cássio migrou do poder público para o setor de blockchain e criptomoedas por acreditar no potencial transformador desta tecnologia para moldar o novo futuro da economia digital.

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