Economia

Gestora brasileira apresenta pedido para lançar ETF de Bitcoin nos EUA

Mais uma empresa de criptomoedas entrou na corrida para lançar o primeiro fundo negociado em bolsa (ETF) de Bitcoin spot (à vista) nos Estados Unidos. Dessa vez, é uma empresa brasileira: a Hashdex.

No entanto, o produto que a Hashdex pretende lançar difere das propostas apresentadas até então. De acordo com o registro 19b-4 da NYSE Arca, a ideia da gestora é disponibilizar Bitcoin à vista em seu ETF de futuros de Bitcoin já disponível no mercado e mudar o nome do produto para Hashdex Bitcoin ETF.

Além disso, o ETF da Hashdex não dependerá do acordo de compartilhamento de vigilância exigido pela SEC. Isso porque a gestora optou por adquirir Bitcoin à vista de bolsas dentro do mercado CME (Chicago Mercantile Exchange).

Em outras palavras, a Hashdex propôs comprar Bitcoin à vista diretamente de plataformas dentro da própria CME, em vez de realizar “transações em exchanges spot não reguladas”.

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Esta estratégia pode fornecer mais garantias aos reguladores. Afinal, os preços das criptomoedas seriam monitorados por movimentos dentro de um mercado regulamentado, em vez do mercado cripto não regulamentado.

ETF da Hashdex

Para James Seyffart, analista da Bloomberg, a estratégia da Hashdex envolve exclusivamente a realização de transações de troca por posições relacionadas. Ou seja, a gestora pretende trocar contratos de futuros por uma exposição à vista equivalente.

Conforme destacou o analista, há uma probabilidade maior de a SEC aprovar o pedido. Isso porque o presidente da agência reguladora, Gary Gensler, está pressionado pelo processo da Grayscale, entre outros fatores.

Segundo o investidor Alistair Milne, fundador do Altana Digital Currency Fund, que compartilhou sobre o pedido da gestora na rede social X (antigo Twitter), esta é uma proposta “difícil de rejeitar”.

A gestora Hashdex diz ter mais de R$ 2 bilhões em ativos sob gestão e mais de 210 mil investidores. Além disso, a empresa foi a primeira a lançar um ETF com exposição a criptoativos no Brasil (HASH11) e o primeiro do mundo (HNCI).

Conforme noticiou o CriptoFácil, em março de 2021, a Hashdex recebeu autorização da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para criar um ETF de Bitcoin no Brasil. Depois, em setembro de 2022, a gestora lançou seu primeiro ETF de futuros de Bitcoin nos EUA, especificamente na NYSE.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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