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Genesis fecha acordo com DCG que pode chegar a R$ 10 bilhões

A Genesis, subsidiária de empréstimos do Digital Currency Group (DCG), anunciou que chegou a um acordo global em relação às suas dívidas. De acordo com a empresa, o acordo “maximizará o valor” para todos os clientes e partes interessadas da empresa.

Inicialmente, o acordo em vigor atenderá o próprio DCG, bem como outros credores da Genesis não revelados. No total, esses grupos detêm ou representam mais de US$ 2 bilhões em valores a receber da subsidiária, ou cerca de R$ 10 bilhões.

No início de janeiro, a Genesis demitiu quase um terço de sua equipe ao mesmo tempo que entrou com um pedido de recuperação judicial. Em 20 de janeiro, a empresa procedeu com o pedido no Tribunal de Falência dos Estados Unidos, e o acordo faz parte de sua reestruturação.

“De acordo com os termos do acordo, a DCG trocaria sua nota existente de US$ 1,1 bilhão com vencimento em 2032 por ações preferenciais conversíveis a serem emitidas pela DCG como parte do plano Capítulo 11 da Genesis.”

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Além do DCG, a Genesis também fechou um acordo com a exchange Gemini, dos irmãos Winklevoss, mas não revelou os valores específicos.

Negociação de até R$ 10 bilhões

De acordo com o acordo, o DCG vai refinanciar seus empréstimos existentes com a Genesis que vencem em 2023. Os empréstimos terão um novo prazo e a Genesis pagará o valor em duas parcelas de US$ 500 milhões aos credores com um valor total de cerca de US$ 500 milhões.

A DCG também pretende vender os negócios de negociação de criptomoedas da Genesis, além de seu braço de empréstimos. Com isso, a empresa visa captar mais recursos e utilizá-los para abater a dívida de sua subsidiária.

“O acordo de hoje é um passo positivo e fornece um caminho claro para uma resolução consensual que maximiza o valor”, disse Paul Aronzon, membro do conselho de diretores do Comitê Especial da Genesis. Este comitê tem liderado os esforços de reestruturação da empresa.

Já Sean O’Neal, advogado da Genesis, disse que a DCG também contribuirá com sua participação acionária na Genesis Global Trading (GGT). Dessa forma, a empresa reunirá todos os ativos da Genesis sob uma mesma holding, facilitando o processo.

“Entretanto, durante esses casos, estaremos realmente comercializando e tentando vender não apenas os ativos dos devedores, mas também os da GGT. Os ativos formam um belo pacote e acreditamos que colocando-os juntos, podemos maximizar as recuperações”, disse. O’Neal.

Apesar do primeiro passo, o acordo abrange somente parte das dívidas da Genesis Global Capital. Segundo os relatórios, a empresa deve pelo menos US$ 3,4 bilhões a nada menos que 100.000 credores, incluindo seus clientes.

Acordo com a Gemini

Além disso, a exchange de criptomoedas Gemini também fez um acordo com a Genesis e outros credores com “um plano que fornece um caminho para os usuários do Earn recuperarem seus ativos”, conforme relatado pelo cofundador Cameron Winklevoss.

O acordo faz parte da antiga parceria entre a Gemini, que fornecia o Earn, e a Genesis, que custodiava os ativos do programa. Foram justamente os problemas com essa parceria que deram início ao colapso da Genesis e, posteriormente, ao cancelamento do Ear.

Além disso, a Gemini concordou em contribuir com até US$ 100 milhões em fundos adicionais para usuários Earn como parte do Plano. A Gemini emprestou fundos para a Genesis e tinha até US$ 900 milhões em depósitos de clientes bloqueados na empresa.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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