Economia

Gary Wang, cofundador da FTX, diz que Bankman-Fried orientou uso indevido de fundos

Gary Wang, um dos cofundadores da “falida” FTX, testemunhou perante o tribunal nesta sexta-feira (06) no julgamento de Sam Bankman-Fried (SBF), fundador e ex-CEO da exchange acusado de fraude, conspiração, entre outros crimes.

De acordo com uma reportagem do Wall Street Journal, Wang afirmou perante o júri que Bankman-Fried orientou o uso indevido de fundos dos clientes.

Ao longo de mais de seis horas de depoimento no tribunal federal de Manhattan, Wang afirmou que SBF tinha plena consciência de que uma empresa irmã da FTX, Alameda Research, havia desviado US$ 8 bilhões em dinheiro de clientes da FTX.

Além disso, Wang afirmou que Bankman-Fried mentiu em suas declarações públicas em novembro sobre os ativos dos clientes da FTX estarem seguros e protegidos.

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O cofundador da FTX Wang foi o responsável por programar a base de código da FTX. Ele se declarou culpado das acusações e está colaborando com as investigações sobre o colapso da empresa que varreu bilhões de dólares do mercado.

Fraude da FTX e Bankman-Fried

No fim do ano passado, vazaram documentos que mostravam graves problemas no balanço da FTX. A divulgação pública desses documentos resultou numa corrida por saques na FTX, mas a empresa não conseguiu lidar com a alta atividade.

Em novembro, a FTX entrou com pedido de recuperação judicial do Capítulo 11 nos Estados Unidos e Bankman-Fried deixou o cargo de CEO. Um mês depois, ele foi acusado de fraude eletrônica, fraude de títulos, lavagem de dinheiro e conspiração, mas se declarou inocente. Se condenado por todos os crimes, Bankman-Fried pode enfrentar mais de 100 anos de prisão.

Além de Wang, amigo de Bankman-Fried do ensino médio, Nishad Singh e Caroline Ellison, dois outros altos executivos do conglomerado de Bankman-Fried, também se declararam culpados e estão cooperando com os promotores.

Wang e Singh admitiram ter criado um “backdoor secreto” que permitia à Alameda acessar os fundos dos clientes da FTX.

“Demos privilégios especiais à Alameda Research na FTX”, disse Wang. “E mentimos sobre isso para o público.”

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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