Economia

Gary Gensler autoriza volta da FTX, mas com uma condição

A atual administração da FTX mantém seus esforços para retomar as atividades da exchange, e parece que ganhou um apoio de peso. Os últimos relatórios também sugerem que o ex-presidente da bolsa de Nova York (NYSE), Tom Farley, demonstrou grande interesse em adquirir a FTX e reabrir a plataforma.

No entanto, o principal apoio veio da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC). Mais especificamente, do presidente Gary Gensler, que declarou sua concordância com a reabertura da FTX. Só que para isso acontecer, Gensler afirmou que a empresa deve operar seguindo as leis dos EUA.

Gensler de olho na FTX

Gensler falou no evento DC Fintech Week, que ocorreu entre os dias 6 e 8 de novembro. No seu discurso, o presidente da SEC disse que concorda com a reabertura das operações pela atual gestão da FTX. Contudo, isso só vai acontecer se a atual gestão tiver um entendimento claro da lei.

Em maio deste ano, Tom Farley apresentou sua própria bolsa de ativos digitais chamada Bullish. Atualmente, o ex-presidente da NYSE está entre os principais candidatos a adquirir a FTX. Depois de toda a recuperação judicial, a exchange deve ir a leilão para que os interessados possam oficializar suas propostas de compra.

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“Se Tom ou qualquer outra pessoa quisesse estar nesta área, eu diria: ‘Faça isso dentro da lei’. Conquiste a confiança dos investidores no que você está fazendo e garanta que está fazendo as divulgações adequadas. Além disso, mostre que não está misturando todas essas funções, negociando contra seus clientes”, destacou Gensler.

A princípio, a FTX e a Alameda deveriam manter uma separação estrita, funcionando como entidades distintas. Mas as provas apresentadas durante o julgamento de Sam Bankman-Fried, o SBF, revelaram um nível significativo de interligação entre as duas entidades.

Tornou-se evidente que a FTX e a Alameda tinham uma relação complexa e preocupante. Nesse sentido, a FTX utilizava dinheiro de clientes para realizar investimentos de risco utilizando a Alameda.

FTX terá que respeitar a lei

Gensler enfatizou que ao contemplar novas medidas regulatórias para a indústria, as leis de valores mobiliários existentes já são “robustas e eficazes”. A chave está na sua aplicação. Ou seja, a SEC deve ter um rigor maior na hora de fiscalizar os crimes e aplicar as punições.

“Não há conflito inerente entre as leis de criptomoedas e valores mobiliários. O desafio reside no fato de numerosos atores globais que operam sem aderir a estes regulamentos bem estabelecidos. Pense em quantas empresas de criptomoedas não estão cumprindo neste momento as sanções internacionais e as leis de lavagem de dinheiro”, completou.

Gensler observou que, nos últimos seis anos, a SEC tomou medidas legais na forma de ações judiciais ou acordos em aproximadamente 150 casos relacionados à criptomoedas. Empresas como Binance e Coinbase ainda estão lidando com ações movidas pelo regulador.

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Luciano Rocha

Luciano Rocha é redator, escritor e editor-chefe de newsletter com 7 anos de experiência no setor de criptomoedas. Tem formação em produção de conteúdo pela Rock Content. Desde 2017, Luciano já escreveu mais de 5.000 artigos, tutoriais e newsletter publicações como o CriptoFácil e o Money Crunch.

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