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Fundos da Poly Network começam a ser devolvidos após rombo de US$ 600 milhões

O hacker por trás do ataque que drenou cerca de US$ 600 milhões em criptomoedas do protocolo de interoperabilidade DeFi Poly Network começou a devolver os fundos roubados. A reviravolta ocorre menos de 24 horas após o invasor promover o ataque com maior prejuízo na história das criptomoedas.

Conforme noticiou o CriptoFácil ontem (10), a possível causa por trás do rombo foi um problema de criptografia. De alguma forma, o hacker conseguiu criar uma assinatura de transação falsa para roubar os fundos.

Hacker à Poly Network

Na manhã desta quarta-feira (11), a equipe Poly Network informou via Twitter que estava em contato com o invasor. Segundo os desenvolvedores, o hacker começou a se comunicar por meio de notas anexadas às transações na rede Ethereum.

Nas mensagens mais recentes, o invasor se mostrou disposto a devolver os fundos drenados. Dessa forma, a Poly Network criou um conjunto de carteiras multiassinaturas onde as criptomoedas poderiam ser depositadas.

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Os desenvolvedores do protocolo DeFi informaram, também no Twitter, que os recursos começaram a ser devolvidos. Contudo, o valor devolvido até agora corresponde a menos de 1% do total roubado, que foi aproximadamente US$ 600 milhões:

“Até agora, recebemos um valor total de US$ 4.772.297,675 ativos devolvidos pelo hacker.

  1. Endereço ETH: US$ 2.654.946,051
  2. Endereço BSC: US$ 1.107.870,815
  3. Endereço Polygon: US$ 1.009.480,809”, escreveu a Poly Network na rede social.

Bondade ou interesse?

A decisão de devolver os fundos, no entanto, não está relacionada a um gesto de bondade do hacker.

Na verdade, é provável que o “arrependimento” tenha se dado devido à empresa de segurança de blockchain, SlowMist, ter identificado informações importantes sobre o hacker. Isso inclui endereço de e-mail, informações de IP e impressão digital do dispositivo.

Além disso, os fundos usados ​​para conduzir o hack foram rastreados até a exchange Hoo, comprometendo ainda mais a identidade do invasor. 

“A equipe de segurança SlowMist descobriu o e-mail do atacante, IP e impressões digitais do dispositivo por meio de rastreamento on-chain e off-chain, e está rastreando possíveis pistas de identidade relacionadas ao atacante da Poly Network”, escreveu a empresa em um post no Weibo ontem.

Antes disso, a Poly Network já havia dito ao invasor que ele havia promovido “o maior hack da história do DeFi”. 

“Qualquer país considerará isso um grande crime econômico e você será perseguido”, disse a equipe em uma nota.

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Lorena Amaro

Lorena é jornalista e escreve sobre Bitcoin, criptomoedas, blockchain e Web3 há mais de quatro anos, atualmente atuando como editora-chefe do CriptoFácil. É formada em Comunicação Social/Jornalismo pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pós-graduanda em Produção em Jornalismo Digital na PUC-Minas. Lorena é apaixonada por tecnologia, inovação e pela liberdade financeira que as criptomoedas promovem.

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