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Mais uma empresa do mercado de criptomoedas anunciou o fim de suas operações após sofrer com o colapso da exchange de criptomoedas FTX. Dessa vez, um dos maiores fundos de cripto do mundo, o Galois Capital, comunicou o encerramento de suas atividades. O fundo tinha metade de seus ativos presos na FTX. No ano passado, o Galois chegou a administrar cerca de US$ 200 milhões (R$ 1 bilhão) em ativos
“Agradeço a demonstração de apoio hoje, quando o artigo do FT foi publicado. Obrigado a todos pelas amáveis palavras. Sim, é verdade que nosso principal fundo está fechando”, tuitou a Galois Capital depois que o Financial Times noticiou o fechamento do fundo.
Em uma sequência de tuítes, a empresa afirmou que, embora tenha perdido quase metade dos ativos com o desastre da FTX, está entre as poucas companhias que estão fechando com um desempenho ainda positivo. Além disso, a equipe Galois sugeriu ainda que um novo negócio pode surgir no futuro:
“Embora este seja o fim de uma era para Galois, o trabalho que desenvolvemos juntos nos últimos anos não foi em vão. Não posso dizer mais do que isso por enquanto. Fique atento”, tuitou.
Quem forneceu mais explicações sobre o fim das operações foi Kevin Zhou, cofundador da Galois Capital. De acordo com o executivo, “dada a gravidade da situação do FTX”, a empresa não achou sustentável continuar operando o fundo.
Em novembro do ano passado, quando a FTX entrou com pedido de recuperação judicial, noticiou-se que a Galois Capital tinha US$ 40 milhões presos na exchange. Ou seja, cerca de R$ 206 milhões na cotação atual. Na ocasião, Zhou disse a seus investidores que levaria alguns anos para recuperar “alguma porcentagem” dos fundos.
“Trabalharemos incansavelmente para maximizar nossas chances de recuperar o capital parado por qualquer meio”, disse ele aos investidores na época.
Conforme a reportagem do FT desta segunda-feira (20/02), a Galois vendeu seus pedidos de falência por US$ 0,16. O fechamento da Galois, segundo o FT, fará com que os investidores recebam 90% do dinheiro não preso na FTX e os 10% restantes serão retidos temporariamente até o fim das discussões com os administradores e o auditor.
“Toda essa saga trágica, desde o colapso da lua até a crise de crédito da 3AC [Three Arrows Capital] e a falha da FTX/Alameda certamente atrasou significativamente o espaço cripto”, escreveu Zhou nos documentos vistos pelo FT. “No entanto, eu, mesmo agora, continuo esperançoso no futuro de longo prazo das criptomoedas.”
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